Recentemente, o Banco Central (BC) mudou as regras para o rotativo do cartão de crédito. O modo rotativo é ativado quando o consumidor paga um valor menor do que o integral da fatura do cartão de crédito. O objetivo desta alteração é oferecer uma opção de juros menor para quem não conseguiu cobrir o gasto.
Dessa forma, quando o cliente entra no rotativo, os juros só podem correr por até 30 dias. Após esse período, uma nova forma de pagamento é oferecida ao consumidor, desta vez parcelada, e com taxas congeladas. Em 2018, por exemplo, a taxa de juros do rotativo chegou a 298,6% ao ano, abaixo somente dos juros do cheque especial. Contudo, não é de hoje que muitos brasileiros comprometem as finanças por causa do cartão de crédito.
De acordo com o Indicador de Uso do Crédito de 2019, que teve os dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 37% dos consumidores usam o cartão de crédito como principal forma de pagamento. E, devido a este volume de uso somado às altas taxas de juros, parte dos brasileiros enfrentam ou já vivenciaram uma situação delicada financeiramente.
Entre os principais motivos para que isso aconteça está a falta de planejamento na hora de usar o recurso. Achar que o limite do cartão é realmente o limite que se pode gastar é um dos principais erros: muitas vezes o valor disponível para uso é muito acima do salário líquido, ou seja, esta conta dificilmente irá fechar caso todo o crédito do cartão seja usado.
Outro ponto de atenção é o costume de ter vários cartões de crédito. Ainda que você não use o limite de todos, um pouco gasto em um cartão e um pouco em outro, já tem o poder de confundir as finanças e comprometer o salário facilmente na hora de fazer o pagamento das faturas. Já quando o assunto são taxas e tarifas, o desconhecimento da existência destas pode colocar tudo a perder na hora de fazer o controle financeiro mensal.
Quando a fatura do cartão ultrapassa o valor que se pode pagar, muitas pessoas se rendem ao pagamento mínimo da fatura. No entanto, nem sempre essa ação é a mais acertada, pois os 80% (em média) que ficou para a fatura do próximo mês virá acrescida de juros. Dependendo da sua realidade, é bem provável que o parcelamento fixo do restante seja a melhor opção.
Para quem é aposentado, pensionista do INSS ou servidor público, uma opção interessante ao uso do cartão de crédito comum é o cartão de crédito consignado, já que o valor da fatura é descontado diretamente no salário ou benefício. No entanto, como grande parte da população não é elegível ao uso desta modalidade de cartão, muitas vezes deixar o cartão em casa ou fazer o bloqueio temporário do mesmo, enquanto regulariza as contas, é o caminho mais seguro para alinhar a vida financeira.
Contudo, a melhor solução para evitar comprometer a vida financeira por causa do cartão de crédito é realizar um planejamento prévio de quanto do seu salário poderá ser destinado ao pagamento da fatura, e limitar-se a esse gasto. Para quem está endividado, no entanto, o próximo passo é ligar na central do cartão e solicitar uma renegociação, com parcelas possíveis de serem quitadas.
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