O sensoriamento remoto pode ser algo novedoso na agricultura, mas o conceito já existe há algum tempo. Data de meados do século 19, onde se tiravam as primeiras fotos da terra para a criação de mapas e inclusive se usavam as fotografias para estarem cientes dos movimentos do inimigo na Primeira Guerra Mundial.
Apesar dos avanços na tecnologia, o princípio do sensoriamento remoto não tem mudado. Daí, as melhorias nas câmeras, equipamento e dos sistemas tornaram-se mais eficazes no gerenciamento de tarefas tão diversas como a construção, a mineração e a arqueologia. Mas foi nos anos 60, que esta tecnologia chegou ao céu, onde os satélites, pela primeira vez, tiveram uma imagem completa do planeta numa olhadela, proporcionando uma visão geral do gerenciamento de grandes questões desde as temperaturas globais até os padrões de uso da terra.
E aí que os satélites jogam um papel importante na agricultura, sendo capazes de medir luz, radiação e calor capturando diferentes comprimentos de onda do espectro eletromagnético. Os avanços tecnológicos nos drones comerciais tornaram estes dispositivos muito mais acessíveis. No entanto, a maior vantagem para a agricultura foi a incorporação do sistema de informação geográfica (SIG), que permite a organização e análise de dados e padrões relacionados a locais específicos em um mapa – como um campo (software gestão agricola gratis). Isto tornou muito mais fácil para os sistemas fornecer informações relacionadas às necessidades específicas de um agricultor.
Os dispositivos de sensoriamento remoto fazem medições em todo o campo ao longo do tempo para o agricultor poder analisar as condições com base nos dados e tomar medidas sobre a colheita. Por exemplo, os sensores podem alertar ao agricultor de doenças para que ele possa agir a tempo e evitar que se espalhem. Do mesmo modo, podem fornecer informação valiosa sobre a saúde, as necessidades, as ameaças ou a produtividade de seus cultivos. A grande variedade nos sensores disponíveis faz o agricultor usar o sensor mais apropriado para seu campo.
Segundo sua tecnologia, os sensores se classificam em: terrestres, aéreos e satélites. Os primeiros são usados para avaliar características do solo como os níveis nutricionais, a umidade do solo ou o clima, para assim fazer um uso racional dos recursos. Uma grande vantagem deles é que são portáteis, então o agricultor pode colocá-los onde precisar.
Os segundos podem capturar imagens de alta resolução e dados de forma lenta o suficiente, a baixa altitude, para permitir uma análise completa. Ao tornarem mais acessíveis para os agricultores, são usados para estudar a população das plantas, detectar ervas daninhas, estimar a produtividade, medir o teor de clorofila e avaliar a salinidade do solo. Contudo, o vento e a cobertura de nuvens constituem uma limitação. Os últimos proporcionam uma ampla cobertura das terras que permite o monitoramento dos cultivos, o cálculo das perdas devido aos fenômenos meteorológicos e avaliar o rendimento do campo. Além do alto custo, estes dispositivos tinham a mesma limitação do que os anteriores com respeito à cobertura de nuvens. Atualmente, muitos governos abriram ao público bases de dados de imagens de satélite para os agricultores terem um recurso acessível para gerenciarem seus cultivos.
Neste contexto, a agricultura tornou-se a aplicação principal da tecnologia de sensoriamento. Por isso, com o aumento da agricultura de precisão, o tamanho do mercado global de tecnologia de sensoriamento remoto atingirá US $29,61 bilhões até 2027, expandindo-se a uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR, pelas siglas en inglês) de 11,6% de 2020 a 2027, de acordo com um estudo realizado pela Grand View Research, Inc. Por exemplo, a América do Norte contém a maior quota de mercado de 38,12% em 2019, tecnologia dedicada à agricultura de precisão. As possibilidades de gerenciar os campos de maneira remota, sendo capaz de fazer um uso mais racional específico dos recursos nas zonas que mais precisam deles, fazem do setor uma área que ainda está em desenvolvimento.
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