A Polícia Civil de Minas Geras (PCMG) indiciou o proprietário de uma loja de roupas, na capital, pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual. Após a conclusão dos trabalhos policiais, a Justiça recebeu o procedimento e acolheu o pedido de prisão preventiva. O suspeito não foi localizado e é considerado foragido.
A investigação teve início em dezembro de 2020, quando, após postar em rede social sobre os abusos sofridos, uma das vítimas procurou pela polícia e registrou a ocorrência. Com a repercussão dos fatos, outras treze vítimas também procuraram pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher.
Das quatorze jovens, a PCMG entendeu pelo indiciamento do suspeito por estupro, em relação a quatro vítimas; estupro de vulnerável contra uma mulher; e importunação sexual em relação a outras cinco. Também houve um indiciamento pela contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor, já que o fato ocorreu em 2017, quando a Lei de Importunação Sexual (13.718) ainda não estava em vigor. Em relação a outras duas vítimas, os procedimentos foram concluídos em 2017 e 2018, e não figuram nessa investigação. Por fim, em apenas um dos casos analisados não foi constatado crime.
De acordo com a chefe da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência, delegada Isabella Franca, o inquérito, com cerca de 400 páginas, mobilizou a equipe de investigadores da Delegacia Especializada de Investigação à Violência Sexual. “Buscamos elucidar com imparcialidade todas as condutas narradas pelas vítimas e enquadrá-las dentro da legislação vigente”, pontua.
A delegada responsável pelo caso, Larissa Mascotte, explica sobre o pedido de prisão. “A prisão preventiva foi representada baseada nos argumentos de duas vítimas que se disseram ameaçadas, bem como pela gravidade dos fatos e a reiteração criminosa do suspeito”, conta.
A delegada Isabella Franca adverte para que outras mulheres que também tenham sido vítimas desse suspeito, procurem a delegacia ou liguem no (31) 3330-5710. “E se alguém tiver informações do paradeiro do empresário, pode fazer a denúncia, de forma anônima, pelo 181”.
Os abusos
As vítimas, entre 18 e 28 anos, narraram fatos de extremo constrangimento e abusos. Uma delas, de 25, contou que foi convidada para uma parceria profissional visando a divulgação das peças de roupas da loja do suspeito. Ela teria ido até a casa do investigado, para buscar as peças, onde acredita ter sido dopada após ingerir uma bebida. Quando acordou, percebeu que havia sido abusada, configurando assim o estupro de vulnerável, já que a vítima não tinha condições de resistência.
Em outro caso, uma funcionária do suspeito estava experimentando um biquíni quando o homem teria entrado no provador, retirado a calça e se masturbado, obrigando-a a assistir o ato. Só após terminar, ele permitiu que a mulher saísse do local.
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