Na terça-feira (09/02), a Polícia Civil de Minas Gerais encontrou um imóvel que estaria sendo usado para desmanche de veículos, no Bairro São Pedro, no município de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Após apuração de denúncias, uma camionete desmontada foi encontrada no local, assim como peças de outros veículos.
Segundo o titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, delegado Rogério Woyame, investigações apontam que o veículo localizado na ação policial, avaliado em cerca R$72 mil, é oriundo do estado da Bahia. “E teria sido comprado no Rio de Janeiro por R$7 mil por um suspeito de 25 anos, o rapaz que estaria desmontando o automóvel em Juiz de Fora. Ele ainda não foi encontrado, mas o trabalho investigativo segue em andamento”, ressaltou.
Golpe do seguro
Conforme informações do delegado, a suspeita é de que o automóvel seja produto de um golpe em seguradora. “Em veículos como esse, defeitos mecânicos podem custar altos valores para serem solucionados, então, seus proprietários optam por aplicar um golpe na seguradora. Enviando o automóvel para outros estados para serem desmanchados e, somente depois de muitos dias, fazem um falso registro de furto ou de roubo do veículo para que fique impossível que a seguradora possa recuperar o veículo e tenha que indenizar o proprietário”, explicou.
Supressão dos sinais identificadores do veículo
Durante a ação, os policiais civis da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos também encontram indícios de que o suspeito estava suprimindo os sinais identificadores do veículo automotor. “A equipe localizou muitos pedaços de vidro no local e, posteriormente, encontrou as portas do automóvel com os vidros quebrados, indicativos claros de que o homem estava tentando suprimir os sinais identificadores do veículo e de que destruiria todos os sinais, caso o veículo não fosse apreendido”, esclareceu o delegado.
Estelionato, receptação e adulteração de sinais identificadores
Após investigação, dois suspeitos, 25 e 36 anos, já foram identificados. “O mais velho será investigado pelo crime de estelionato, na modalidade fraude para recebimento de indenização do seguro, cuja pena pode chegar a cinco anos. Já o outro rapaz poderá responder por receptação e por adulteração de sinais identificadores. Somadas, as penas podem chegar a 10 anos de prisão”, finalizou.
As investigações prosseguem.