A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante, nessa quarta-feira (27/1), dois moradores de São Paulo (SP), sendo uma mulher, de 20 anos, e um homem, de 37, em um hotel em Campo Belo, região Centro-Oeste de Minas. Ainda, um adolescente, de 16 anos, foi apreendido, hospedado na cidade de Arcos. O trio é suspeito de integrar uma organização criminosa especializada em crimes de estelionato e uso de documento falso.
No hotel em Campo Belo, em que os presos estavam, e no município de Arcos, onde o adolescente se encontrava para também aplicar golpes, foram apreendidas várias máquinas de cartão, comprovantes de transferências bancárias, cartões em nome de vítimas, celulares, dinheiro, documento falso, além de um veículo utilizado na prática dos crimes.
Até o momento, seis vítimas foram identificadas, e, segundo apurado, o grupo já causou prejuízo estimado em R$ 30 mil somente na cidade de Campo Belo. Os suspeitos foram encaminhados à delegacia, e, posteriormente, o homem e a mulher levados ao sistema prisional.
A ação foi realizada por policiais da Delegacia de Polícia Civil em Campo Belo, com o apoio da equipe da Delegacia em Arcos.
Dinâmica do crime
Nos últimos dias, foi constatado que várias pessoas haviam sido vítimas de golpe. Foi apurado que os suspeitos ligavam para as vítimas, se passando por funcionário de instituição bancária, e informavam que haviam sido realizadas compras com os cartões de crédito delas, sendo as compras contestadas, e o cartão teria que ser bloqueado.
Em seguida, travando a linha telefônica fixa das vítimas, as induziam essas a ligar para o telefone número 0800 da administradora do cartão. Elas acreditavam ligar para os bancos e informavam todos os dados de segurança, sendo instruídas, ao fim, a colocar o cartão de crédito, com a senha anotada, em um envelope lacrado, pois um funcionário do banco iria na residência delas para recolher o pacote e dar prosseguimento ao cancelamento da compra e bloqueio do cartão.
Assim, a mulher, bem vestida, se passava por funcionária do banco, inclusive com identificação de crachá falso, ia até a casa das vítimas e recolhia o envelope com o cartão e a senha. Depois, elas percebiam que tinham caído em um golpe, pois eram realizados saques e transferências das contas bancárias.
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