A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante um homem, de 31 anos, e uma mulher, de 22, pelo crime de estelionato, nessa segunda-feira (11/1), na capital.
No momento da prisão, uma vítima estava sendo coagida pela suspeita a assinar um suposto contrato de cessão de crédito, no valor de R$ 78.190. Devido à ação da PCMG, o dinheiro não foi transferido. Já o homem era o gerente da empresa, suspeita de aplicar golpes em idosos.
A delegada Marina Monteiro de Castro revelou que os suspeitos atraíam as vítimas, geralmente idosos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio de uma empresa. Foi apurado que os investigados argumentavam que as vítimas teriam saldo residual do INSS para receber ou valores de empréstimos cobrados indevidamente, e a empresa poderia resolver essa situação.
“Ao comparecer até a sede do estabelecimento, essa vítima era convencida a fornecer seus dados pessoais, além de uma foto digital. E, com isso, de posse dos dados completos da pessoa, empréstimos consignados eram contraídos”, explica Marina.
Ainda, segundo a delegada, ao perceber os valores descontados, a vítima entrava em contato com a empresa alegando não possuir interesse no serviço. “Neste momento, a empresa prometia para a vítima que iria resolver o problema, mas que para isso precisava de uma transferência bancária para a conta da empresa, para que o dinheiro fosse devolvido ao banco. Em outros casos, o combinado era que, como o empréstimo já havia sido feito, a vítima assinaria um contrato de cessão de crédito, a empresa ficaria com o empréstimo, assumiria as prestações e pagaria 10% do valor do empréstimo – para as vítimas – diluídas em parcelas.”
Castro acrescenta que “as vítimas alegam que a empresa não honrava os compromissos, e que elas ficam com a obrigação de pagar os empréstimos.”
Os investigados agiam por meio de inúmeras ligações, bem como acompanhamento a instituições financeiras e cartórios, no intuito de não deixar qualquer chance de as vítimas ou parentes desconfiarem se tratar de golpe.
As investigações prosseguem com o objetivo de identificar outras pessoas envolvidas na organização criminosa.
A ação foi realizada pela 2ª Delegacia de Polícia Civil/Centro, pertencente ao 1º Departamento de Polícia Civil em Belo Horizonte.
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