A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito policial acerca de um homicídio que ocorreu após uma briga de trânsito na Avenida João César de Oliveira, em Contagem, no dia 4 de outubro do último ano. Na ocasião, os suspeitos teriam atirado contra o veículo de uma família. Um homem, de 37 anos, morreu e, ainda, a esposa, de 19, e a filha, de 4, foram atingidas pelos disparos de arma de fogo. Dois homens foram indiciados pelo crime.
De acordo com as investigações, os suspeitos, de 29 e 35 anos, estavam em um veículo em velocidade excessiva e fazendo zigue-zague na pista. O motorista do outro carro parou em um semáforo de trânsito, e os investigados tiveram que frear bruscamente para não colidir. Com isso, os suspeitos posicionaram o veículo ao lado da vítima, quando o homem de 29 anos atirou contra o carro da família.
O delegado Emerson Crispim conta que um dos disparos foi efetuado na porta traseira do carro da vítima. “Esse tiro transfixou a porta e passou a centímetros do pescoço dessa criança de 4 anos, que estava dormindo no colo da mãe, produzindo lesões. Assim como também produziu lesões, em razão dos estilhaços do disparo, na mão da mãe da criança”, detalha.
Depois, ainda foi efetuado outro disparo, que acertou o vidro traseiro do veículo, no lado direito. “Esse tiro transfixou o banco, entrou na escápula direita da vítima e saiu na axila esquerda. A vítima perdeu o controle do veículo”, afirma, ao completar que, após atirarem, os suspeitos fugiram no sentido Betim.
Os suspeitos alegam que, no dia do homicídio, estavam em um bar e também teriam ido a boates, fazendo uso de bebida alcóolica e de cocaína. Segundo a dupla, o carro da vítima teria os fechado e, quando o semáforo ficou vermelho, eles pararam um ao lado do outro, havendo discussão e, por isso, o suspeito atirou. O homem de 35 anos nega participação no homicídio, dizendo que apenas emprestou o veículo ao de 29 anos, que confessou ter efetuado os disparos.
“O indivíduo que estava dirigindo o veículo é habilitado tão somente na categoria A, e o proprietário do veículo é inabilitado. De 2018 até 2020, o dono do carro tomou 11 multas de trânsito, todas por excesso de velocidade”, completa Crispim.
O inquérito policial que apurou o crime foi remetido à Justiça. “Eles foram indiciados por homicídio qualificado pelo motivo fútil e recurso que dificultou e tornou impossível a defesa da vítima”, conclui o delegado.
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