A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está com investigação em andamento para apurar a aplicação do golpe do cartão clonado em Ouro Preto, região Central do estado. Dois homens, de 20 e 30 anos, foram autuados em flagrante por estelionato, após serem apresentando na Delegacia de Plantão por policiais militares. Os levantamentos apontam que a dupla fez várias vítimas, sendo que uma delas teria sofrido prejuízo de R$ 21 mil.
Os suspeitos foram presos em flagrante na quarta-feira (6/1). Segundo o delegado Warlyson de Oliveira Henriques, com o desenrolar das investigações, outras vítimas foram identificadas, inclusive reconheceram os suspeitos como as pessoas com as quais tiveram contato e que se apresentaram como funcionários de instituições bancárias. “A partir daí, representamos ao Poder Judiciário pela prisão preventiva dos investigados, que se encontram no sistema prisional”, informa.
As primeiras ocorrências foram registradas no distrito de Antônio Dias. Conforme apurado, as vítimas recebiam ligação de suposto representante de banco, que as convenciam de que tanto o cartão bancário quando o aparelho celular delas estavam clonados. Era informado que outro colaborador passaria em suas residências para recolhimento do cartão. Também era necessário que os clientes fizessem uma carta de próprio punho, endereçada à polícia para investigação. O golpista alegava, ainda, que o cartão seria bloqueado, após repasse da senha pelo titular.
Investigações
De acordo com Henriques, o trabalho investigativo prossegue a fim de identificar outras possíveis vítimas e se há mais pessoas envolvidas na prática desse tipo de golpe na região. “Acredita-se que os suspeitos fizeram um número muito maior de vítimas devido aos materiais apreendidos”, observa o delegado. Houve a apreensão de 15 máquinas, diversos cartões bancários, cinco aparelhos celulares, além de dinheiro e extratos bancários.
O delegado ainda destaca os esforços conjuntos para a repressão ao crime. “A Polícia Civil de Minas Gerais pauta-se na investigação qualificada, baseada na inteligência policial e integração entre as Forças de Segurança Pública, visando ao combate à criminalidade no nosso estado”, conclui.
Fique atento
A PCMG orienta o cidadão a não repassar nenhuma informação referente a dados de acesso a cartões bancários por telefone. Após recebimento de ligação desse tipo, o titular da conta deve consultar seu gerente sobre alguma irregularidade. Nenhum banco pede o cartão de volta ou oferece para buscá-lo em casa. Quando precisar destruir o cartão, corte-o em várias partes e não deixe o chip inteiro.