O Governo de Minas, por meio de uma força-tarefa que envolveu a Força Aérea Brasileira (FAB), garantiu o traslado de 14 corpos das vítimas do acidente em João Monlevade ocorrido na última sexta-feira (04/12).
No início da tarde desta segunda-feira (7/12), duas aeronaves saíram do Aeroporto da Pampulha, em BH, com destino ao Nordeste. Um dos aviões foi disponibilizado para os familiares. O segundo, para o transporte dos cadáveres.
A Defesa Civil, polícias Civil e Militar e os Bombeiros se empenharam em uma operação de socorro, resgate e atendimento às vítimas e parentes.
O chefe do Gabinete Militar e Coordenador Estadual da Defesa Civil, coronel Osvaldo Marques, destacou o trabalho conjunto no caso que mobilizou todas as forças do Estado de Minas, incluindo pessoalmente o governador.
‘’O governador Romeu Zema, tão logo soube dessa tragédia, fez os contatos necessários destacando o governo federal e o de Alagoas. Trabalhamos ainda em duas frentes: atendimento às vítimas e depois acolhimento às famílias. Bombeiros, PM, Polícia Civil, além da Defesa Civil, foram fundamentais nesse trabalho que sensibilizou a todos’’, frisa.
Mobilização
Para o atendimento às vítimas foram empenhadas cerca de dez viaturas dos bombeiros, sendo três helicópteros. No total, 40 pessoas se deslocaram até o local para o atendimento pré-hospitalar.
A major Karla Lessa, piloto de helicóptero da Esquadrilha Arcanjo de Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, ressalta o esforço coletivo no resgate. “As equipes dos bombeiros atuaram na segurança da cena, além de apoiar a perícia. Foi um trabalho difícil e em equipe, mas comovente”, observa.
O tenente-coronel PM Alisson de Lima, comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), lembra que o atendimento com velocidade fez toda a diferença. “Fizemos o que poderia ser feito e o mais rapidamente possível e contamos com a ajuda de várias equipes. Em um acidente com esse, o tempo de resposta é fundamental”, reforça.
A chefe da divisão de Medicina Legal do interior, doutora Tatiana Telles e Koeler de Matos afirma que integração foi a palavra-chave nesse caso. “Houve uma integração de todos os setores da Polícia Civil. Cedemos servidores de uma área para outra e otimizamos todo o trabalho desde a identificação à liberação dos corpos. O instituto de identificação cedeu funcionários para fazer o levantamento datiloscópico dos cadáveres. A Academia de Polícia Civil (Acadepol) fez o acolhimento por meio de assistentes sociais e psicólogo. E o Sesc entrou com a hospedagem para familiares e vítimas. Um cartório também foi instalado dentro do próprio do IML para que os parentes não precisassem ir até João Monlevade fazer o assento dos óbitos. O translado entre o IML e o Sesc foi feito pelos ônibus da Acadepol. Tudo o que pode ser feito, e de forma humanizada, nós fizemos”, diz.
Boletim atualizado
- Total de passageiros: 48
- Óbitos (total): 19
- Hospitalizados (Margarida, João Monlevade): 07
- Hospitalizados (João XXlll, Belo Horizonte): 2
(João Paulo II): 1 - Receberam alta: 15
- Não precisaram de atendimento: 4
O acidente
Um ônibus que partiu de Mata Grande, em Alagoas, com destino à capital de São Paulo caiu de uma ponta de na BR 381, em João Monlevade, na última sexta-feira (04/12).
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