A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou, nesta segunda-feira (9/11), a operação Hexagrama III, nas cidades de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Esmeraldas, Contagem, Nova Lima, Vespasiano, Sabará, Betim e Lagoa Santa. Trinta pessoas foram presas, entre elas 15 policiais militares e 12 policiais civis.
A ação é sequência das duas primeiras fases da operação, desencadeadas nos dias 6 de março e 3 de setembro, pela qual foi presa a cúpula de uma organização criminosa de exploração de jogos de azar. Na primeira etapa, foram detidas 14 pessoas, entre elas policiais civis e militares. Já na segunda, foram presas duas pessoas acusadas de lavagem de dinheiro do líder da organização criminosa, além de cumprido mandado de busca e apreensão na casa de um contador também suspeito de auxiliar a lavagem de capitais.
“A operação de hoje reforça o compromisso da Polícia Civil em coibir os desvios de condutas praticados pelos servidores. Esse trabalho em conjunto tem se mostrado cada vez mais exitoso e positivo, fazendo com que nós apresentemos um serviço de mais qualidade para a sociedade mineira”, destaca a subcorregedora-geral da PCMG, delegada Ana Paula da Silva y Fernández.
De acordo a subcorregedora, “assim que houver compartilhamento das provas obtidas no processo criminal, serão adotadas providências administrativas. Uma vez apuradas as responsabilidades dos investigados, serão aplicadas as penalidades cabíveis a cada transgressão executada”.
Esquema
Segundo as investigações, os policiais envolvidos faziam a segurança do líder da organização, em atividades como escoltas, ameaças e destruição de máquinas de concorrentes, além de receberem suborno para não o denunciarem. Os demais membros do grupo criminoso, responsáveis por atividades administrativas e financeiras, estavam distribuídos nos municípios onde foram cumpridos os mandados de prisão e de buscas.
A organização criminosa é investigada pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, exploração ilegal de jogos de azar, homicídios, extorsão, ameaça, lesão corporal, dano ao patrimônio, destruição de cadáver, comércio ilegal de arma de fogo de uso restrito e acessórios, disparo de arma de fogo em via pública e lavagem de dinheiro.
De acordo com o delegado Alexandre França Campbell, responsável pelas investigações, dois policiais militares ainda estão sendo procurados. “Um policial militar não pôde ser preso preventivamente em razão de ser candidato a vereador, conforme legislação eleitoral”, informa.
Participaram da operação 70 policiais civis da Corregedoria da PCMG e 54 policiais militares da Corregedoria da PMMG, com apoio da Rotam da Polícia Militar.
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