O tio suspeito de estuprar e engravidar a sobrinha de 10 anos em São Mateus, cidade do interior no Espírito Santo, foi preso por volta das 3h30 desta terça-feira (18) em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O anúncio ocorreu por meio do Twitter do governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrante.
De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, o homem ainda chegou a ser esconder na Bahia. Ele não resistiu à prisão e foi localizado em Minas após um trabalho de inteligência. O suspeito foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha, na Região Metropolitana de Vitória.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), divulgou a informação em uma rede social na manhã desta terça.
“Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza”, disse o governador do ES.
A nossa polícia efetuou nesta madrugada a prisão do estuprador da menina violentadano no interior do ES. Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza. Detalhes da operação serão repassada pela equipe segurança ainda hoje.
— Renato Casagrande (@Casagrande_ES) August 18, 2020
Ainda conforme a PCES, o homem já havia sido preso anteriormente por tráfico, foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça.
O crime
A gravidez da menina foi descoberta no dia 7 de agosto, quando a menina foi ao hospital em São Mateus realizar exames, após se queixando de dores abdominais. Os exames confirmaram que a gestação era de três meses. A criança relatou que sofria abusos sexuais pelo próprio tio desde que tinha 6 anos e que não o denunciou porque era ameaçada, a polícia abriu investigação e passou a procurar o suspeito, que estava foragido.
No último domingo (16), médicos de Pernambuco realizaram um procedimento de interrupção da gravidez da menina, após a Justiça do Espírito Santo autorizar o aborto. A criança tem quadro de saúde estável.
O juiz Antonio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude de São Mateus, afirmou que à interrupção da gravidez para preservar a vida da vítima, que foi levada para Recife, já que no Espírito Santo o atendimento do hospital autorizado a fazer o procedimento teria se recusado a executá-lo. A legislação autoriza a interrupção da gravidez em caso de estupro.