Durante operação denominada Éris (deusa grega da discórdia), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu um homem de 51 anos, suspeito de matar o namorado da ex-companheira, de 35. O crime ocorreu no dia 17 de março deste ano, na ocupação Vitória, região Norte da capital.
A vítima foi atingida por um tiro de uma espingarda, do tipo polveira e, em seguida, teve a cabeça cortada com um facão. Toda a ação criminosa foi testemunhada pelo filho da ex-namorada do suspeito, de apenas 12 anos.
A motivação, conforme levantamentos policiais, está relacionada ao ciúme que o investigado tinha da ex. “Trata-se de um homicídio praticado com requintes de crueldade, em que o suspeito não só tirou a vida do seu desafeto, como também o decapitou, isso tudo diante de um adolescente de 12 anos”, pontua a chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Delegada- Geral Letícia Gamboge
Além do homicídio, o suspeito também é investigado pelo crime de furto de energia qualificado pela fraude. Conforme levantamento policiais, o suspeito integra uma organização criminosa atuante na ocupação, sendo o responsável pelas ligações clandestinas de energia no local.
Conforme relata o delegado responsável pelas investigações Lucas Daniel Nunes, “A equipe já tinha o prévio conhecimento que o autor era apadrinhado pelos traficantes locais, pois é o eletricista chefe da invasão e realizava todas as ligações clandestinas no aglomerado. Com o autor foram apreendidos diversos itens elétricos, dinheiro e o facão utilizado no homicídio”.
O suspeito irá responder pelo crime de homicídio, agravado pelo motivo fútil e meio cruel, além de furto qualificado pela fraude.
O crime
De acordo com o delegado, o suspeito teria se relacionado com uma vizinha, por três meses, em 2019. Após o término, a mulher iniciou um novo relacionamento no início deste ano.
Nunes conta ainda que a vítima e a mulher teriam se conhecido pela internet e mantinham um relacionamento virtual. Ele teria se mudado para a casa da namorada apenas 13 dias antes do crime.
Mesmo após o fim do relacionamento, o investigado continuava a frequentar a casa da ex sob o pretexto de que precisava de ajuda para regular a dosagem de um remédio, o qual fazia uso de forma contínua.
Incomodado com a proximidade dos dois, a vítima pediu que a namorada rompesse qualquer tipo de contato com o homem. Ao relatar ao ex que o atual namorado não queria mais que eles se falassem, o suspeito teria se irritado e decidido matar o rival. Em posse de uma polveira e um facão, o homem retornou a casa da ex, atirou contra vítima e, em seguida, cortou-lhe a cabeça.
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