Sete pessoas foram presas em decorrência de um sequestro em cárcere privado ligado a um homicídio. Esse foi o resultado de trabalhos realizados em conjunto entre a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), em menos de 24 horas. Os crimes ocorreram na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Na última quarta-feira (20), um homem de 34 anos foi encontrado morto no interior de uma caminhonete VW/Amarok. O Delegado Cyro Outeiro Pinto Moreira explica que, segundo apurado, a vítima do homicídio estava embriagada e teria saído de uma festa e pegado o veículo sem o consentimento do proprietário para comprar mais bebida. “Ele foi para um disque-bebida em alta velocidade e arrumou confusão no local. Ele estava tão embriagado que saía da caminhonete e caía no chão, as pessoas colocavam ele de volta no veículo e ele retornava para a briga. Em determinado momento, ele recebeu um golpe de faca, conseguiu ainda dirigir por alguns metros, onde parou a caminhonete e morreu”, detalhou Moreira.
As investigações tiveram início imediato e, na manhã do dia seguinte (21), a PCMG recebeu informação de que um homem de 30 anos teria sido sequestrado em cárcere privado em uma residência, prestes a ser morto pelo “Tribunal do Crime”, devido ao homicídio contra o homem encontrado morto na caminhonete, pois conforme apurado, a vítima do sequestro seria o suspeito de cometer o homicídio. “Ele (a vítima do sequestro) conseguiu mandar uma mensagem para a companheira e ela repassou essa mensagem a um policial”, explicou Cyro Outeiro.
A partir disso, a PCMG e a PMMG foram ao local e identificaram que o homem estava sendo mantido em cárcere privado, em uma residência, por três familiares e quatro amigos da vítima do homicídio. O Delegado detalha que, inicialmente, o suspeito do homicídio havia sido levado para a casa do irmão da vítima do crime, onde estavam todos os familiares muito alterados, então decidiram tirar ele dessa casa e levar para um local neutro, de pessoas que não são da família, onde o suspeito permaneceu e conseguiu mandar mensagem de celular para a companheira durante a madrugada. “Ele foi pego às 22h e pouco da noite e conseguiu mandar essa mensagem de manhã. Ele passou toda a noite em poder dos sequestradores, que estavam provavelmente esperando uma autorização da facção criminosa para decidir o que fazer com ele”, esclareceu Monteiro.
O Delegado explica ainda que, no momento do flagrante, o suspeito do homicídio nega que teria cometido o crime. “Ele tenta ficar como vítima do sequestro e não como autor do homicídio, embora todos os envolvidos no sequestro sejam parentes da vítima. Ele tenta se safar do homicídio e ficar apenas na condição de vítima do sequestro”, detalhou.
No total, seis envolvidos no cárcere privado foram presos em flagrante por organização criminosa e sequestro, e três estão sendo ivnestigados. Eles também possuem passagem pela polícia por outros crimes. Além disso, a vítima do sequestro foi presa pelo homicídio.