A Polícia Civil de Minas Gerais informou que abriu inquérito para investigar um vídeo publicado pelo presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais no início da manhã desta quarta-feira (1º) sobre o desabastecimentos na Ceasa, a Central de Abastecimento de Minas Gerais, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
No texto publicado juntamente com o vídeo por Bolsonaro diz que “não é um desentendimento entre o presidente e alguns governadores e prefeitos”, e que “são fatos e realidades que devem ser mostrados”. Já na gravação, um apoiador do presidente afirma que a data é 31 de março. Ele mostra um galpão com pouco movimento e afirmar: “Isso aqui se chama desabastecimento. Fome também mata, desespero e caos matam”.
O Ceasa-MG informou que a gravação foi feita no momento de limpeza e que, por isso, o local estava vazio. “Foi publicado em minhas redes sociais um vídeo que não condiz com a realidade para com o Ceasa/MG. Minhas sinceras desculpas pelo erro”, publicou o presidente em uma rede social.
A Polícia Civil diz que é contravenção penal “provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”.
Desculpas
O presidente Jair Bolsonaro pouco depois da publicação, excluiu o vídeo. Ele pediu desculpas pelo vídeo com informações falsas sobre um suposto desabastecimento na CeasaMinas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais) postado em sua rede social na manhã dessa quarta-feira (1º).
“Foi publicado em minhas redes sociais um vídeo que não condiz com a realidade para com o Ceasa/MG. Minhas sinceras desculpas pelo erro”, disse o chefe de Estado.
Nota da Amis
“Diante dos últimos reajustes de preços por parte de alguns fornecedores, a Associação Mineira de Supermercados (AMIS) está orientando os consumidores para continuarem a evitar compras de estocagem e a trocar marcas por opções mais baratas ou substituir itens por similares. O objetivo é evitar a pressão sobre os preços e auxiliar na negociação entre supermercados e indústrias.Em Carta Aberta aos Consumidores Mineiros distribuída na noite da última sexta-feira, 27 de março, a AMIS informa que vários produtos – principalmente laticínios em geral, ovos, feijão, óleo, arroz e alho – têm sofrido pressão de reajuste de preço por parte das indústrias fornecedoras nos últimos dias.A entidade esclarece ainda que as empresas supermercadistas estão solidárias e trabalhando diariamente no enfrentamento da pandemia do Covid-19 e que os supermercados estão abastecidos e em funcionamento dentro da normalidade.O desafio a mais agora tem sido enfrentar reajustes de preço por parte de seus fornecedores neste momento de reposição de estoques. Com a alta demanda geral registrada no início do enfrentamento da pandemia, os estoques, que garantiriam abastecimento durante um prazo muito maior, foram rapidamente consumidos, o que gerou a necessidade de novas compras junto aos fornecedores. O desequilíbrio entre oferta e procura pode gerar pressão sobre os preços.Os fornecedores alegam aumento de custos em seus insumos e dificuldades de logística, especialmente para produtos que vêm de regiões mais distantes.Como elo final da cadeia de abastecimento entre os produtores/fabricantes e os consumidores, os supermercados apenas repassam o custo dos produtos. As empresas supermercadistas garantem que não aumentaram suas margens no preço.A AMIS enviou ofícios ao PROCON-MG e ao Governo de Minas manifestando preocupação em relação à pressão dos fornecedores por aumento de preços. Ao mesmo tempo, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) está mantendo permanente contato com o Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), para tratar da situação”.
Nota CeasaMinas
“A CeasaMinas reafirma que o abastecimento está garantido A CeasaMinas esclarece que não há qualquer desabastecimento em seus entrepostos, em razão do coronavírus (Covid-19). A empresa reafirma que têm sido mantidas todas as atividades necessárias à comercialização das mercadorias nas suas seis unidades do estado (Contagem, Uberlândia, Juiz de Fora, Governador Valadares, Caratinga e Barbacena).
A CeasaMinas informa também que realiza levantamento diário das quantidades ofertadas, preços e procedências dos produtos, dentre outros dados que permitem orientar o público acerca da situação do mercado, em especial produtores rurais, atacadistas, varejistas e outros agentes do abastecimento.
Os dados estão disponíveis no site www.ceasaminas.com.br, no link Informações de Mercado.
Prevenção contra o coronavírus
Como medida de prevenção ao coronavírus (Covid-19), a CeasaMinas reforça ainda que as atividades em seus entrepostos foram adequadas no sentido de reduzir o fluxo de pessoas, sem afetar o abastecimento.
A empresa tem atuado em conjunto com representantes dos comerciantes, produtores rurais e de demais trabalhadores, para reduzir os riscos de contágio pela doença, através da divulgação das recomendações dos órgãos oficiais de saúde pública na esfera federal, estadual e municipal.
A CeasaMinas permanece à disposição para qualquer esclarecimento adicional que se fizer necessário”