Polícia apura morte de criança em Montes Claros e prende a mãe da vítima

A morte de uma criança de dois anos foi apurada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que cumpriu, sexta-feira (10/4), em Montes Claros, no Norte do estado, o mandado de prisão da mãe da vítima. Ela é suspeita de cometer o crime.

A criança morreu em 20 de fevereiro deste ano e o laudo de necropsia apontou “morte em decorrência de traumatismo abdominal”, quando foi instaurado o Inquérito Policial para apurar autoria e motivação dos fatos. Pelos levantamentos, a equipe de policiais civis da Delegacia de Homicídios conseguiu identificar e prender a suspeita. Ao longo da investigação, além das diligências realizadas, testemunhas e parentes de vítima e suspeita foram ouvidos e relataram à PCMG que a criança era submetida a agressões constantes por parte da mãe, na residência da família e em locais públicos. Além disso, vizinhos relataram que mesmo falando para a suspeita que a polícia seria acionada, a mãe não mudou o comportamento em relação ao filho.

A PCMG apurou, ainda, que, em virtude das agressões sofridas pela mãe, a criança apresentou um quadro clínico de febre, dificuldade de urinar e inchaço abdominal. Segundo o delegado Bruno Rezende, responsável pelo Inquérito Policial, mesmo com o choro e o sofrimento da criança, a mãe persistia em castigar o filho, agredindo-o repetidamente. “A mãe da criança não cessava as agressões contra o filho, e o choro contínuo da vítima era o principal motivo para as punições. Demonstrando uma crueldade desmedida, a suspeita colocava a criança de castigo, de joelhos no quintal, durante à noite”, salientou. “Apesar do agravamento do estado de saúde da criança, os familiares ficaram inertes à situação e essa conduta será investigada”, concluiu o delegado.

Com a prisão da suspeita, o Inquérito deverá ser concluído nos próximos 30 dias e remetidos à Justiça. Mas o delegado Bruno Rezende fez um apelo à sociedade para que denuncie situações semelhantes para as autoridades, enfatizando que “tal atitude poderá salvar vidas!”.