A mudança climática é uma realidade em todo o mundo. Centenas de cidades pelo planeta têm sofrido com as alterações bruscas de temperatura. Países antes vistos como referência na questão ambiental, hoje, são reconhecidos por seus retrocessos climáticos, como o Brasil, que recebeu o prêmio de “fóssil colonial” na última COP, Conferência de Mudança Climática da ONU, realizada em dezembro do ano passado, em Madri.
Para o VP Sênior da Talesun Energy, empresa ativa no setor de energia e mudança climática, Ermanno Traverso, é necessário pensar de uma maneira renovável diante do atual cenário. “Para salvar o planeta e evitar que as mudanças climáticas se voltem contrárias ao conceito de desenvolvimento, a única forma é mudar de um ponto de vista energético.”
O primeiro passo para se discutir o tema, afirma Ermanno Traverso, é não duvidar que a mudança climática se encontra em uma etapa avançada. “Não é um conceito abstrato, teorizado por alguns cientistas apocalípticos trancafiados em seus laboratórios, mas, sim, uma evidência concreta.”
Uma região que enfrenta problemas referentes ao clima é o continente americano, analisa Traverso. “Na América do Sul, a situação vinculada às políticas energéticas e ambientais funciona “como um leopardo”. Cada país pensa de maneira diferente e isto demonstra ser um elemento de fraqueza no sistema. No momento, o sistema ainda está ligado ao petróleo, ainda que, nos próximos 20 anos, veremos um processo de descarbonização a favor do gás”, afirma.
Na visão de Ermanno Traverso, existem boas e más gestões quando o assunto é a mudança climática. “Na Argentina, haveria enormes margens de exploração para energias renováveis, mas a dificuldade, neste caso, é cultural. O mercado de energia é dirigido por antigos senadores que descansam no velho modelo e que não têm a intenção de mudar as coisas. Muitos deveriam seguir o exemplo do Chile, que realizou um grande investimento em energia solar no deserto do Atacama, o que permitirá que o país cubra 65% de suas necessidades energéticas com fontes renováveis em 2035.”
Como frear a mudança climática
Para o VP Sênior da Talesun Energy e especialista em energia, as mudanças climáticas mostram que o modelo atual não é mais efetivo. “Para medir os efeitos da alteração climática e demonstrar a insustentabilidade do modelo atual, não existem somente fenômenos naturais extremos. Apenas pense na contaminação do ar de cidades como Pequim, Nova Déli ou Cidade do México.”
Ermanno Traverso afirma que, para frear a mudança climática, é preciso pensar no uso responsável das energias. “O tema fundamental do século XXI será, sem dúvida, a energia. As eleições em tema energético influenciam e influenciarão, cada vez mais, no futuro, influenciando a política de todos os estados, que enfrentarão uma revolução da época: o mundo será chamado à transição de um modelo baseado no uso de fósseis de carbono a um fundamentado em energias limpas e renováveis, como o sol, vento e biomassa.”
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