Após tomar conhecimento, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) resgatou vítima de tortura, sequestro e cárcere privado no Estado de São Paulo. A investigação iniciou no dia 24 de setembro deste ano, quando a mãe da vítima procurou a Delegacia de Polícia em Betim para comunicar que assistiu episódios de agressões e tortura no status de um aplicativo da filha de 21 anos, que teria ido para São Paulo a trabalho.
Segundo o Delegado Ernest Renan, as agressões teriam acontecido porque a esposa de um dos integrantes de facção criminosa teria descoberto traição por parte do marido e resolveu punir a suposta amante. “Durante as investigações, localizamos áudios da vítima dizendo que havia apanhado muito e estava com medo de morrer. Imediatamente, fizemos contato com investigadores de São Paulo, informando que uma mulher mineira estava mantida sob cárcere privado, passando por torturas e ameaças de morte”, disse o Delegado. Enquanto os policiais mineiros seguiam para Campinas, os policiais civis de São Paulo conseguiram estourar o cativeiro e levaram a vítima para a delegacia local.
Ainda de acordo com o Delegado, durante o trajeto de Campinas para Belo Horizonte, a vítima não quis beber água, não quis se alimentar, apesar da insistência dos policias. “Ela estava muito abatida. O nariz estava aparentemente quebrado, o olho estava roxo e com várias lesões, o cabelo também raspado. Estava muito pálida, como se estivesse sem se alimentar por horas”, acrescentou.
Há informações de que a principal suspeita responsável pelas barbáries seria parte de facção criminosa. Ela já foi identificada pela Polícia. As investigações seguem em sigilo no Estado de São Paulo.