O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, defendeu que a indústria mineral não deve ser associada aos casos de garimpo ilegal no país. A declaração foi feita nesta terça-feira (28), durante a EXPOSIBRAM 2025 – Expo & Congresso Brasileiro de Mineração –, que acontece no Centro de Convenções de Salvador.

De acordo com o ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública, os garimpeiros ilegais são agentes de milícias e de facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Por muito tempo, na imprensa, houve essa associação e por isso somos incisivos nessa distinção. Quem está por trás do garimpo ilegal é o crime organizado, como o PCC, o narcotráfico, o contrabando e a lavagem de dinheiro. Esses são os nossos adversários, porque a lógica de funcionamento deles é a destruição”, declarou.
Em coletiva com jornalistas, Jungmann citou que a região Amazônica está vulnerável aos grupos criminosos por fazer fronteira com grandes produtores de drogas como a Colômbia e Bolívia, além da ausência de uma fiscalização incisiva. Ao lado da atual presidente do Conselho Diretor do instituto, Ana Sanches, Jungmann enfatizou que o maior objetivo do instituto é cobrar policiamento e vigilância para preservar essas áreas.
No evento, o IBRAM também realizou o lançamento das cinco metas da mineração para uma transição energética. Dentre os objetivos estão: energia renovável, natureza positiva, água, adaptação e descarbonização.
“Esses compromissos relacionam questões sociais e ambientais a metas mensuráveis, demonstrando o compromisso do setor em aumentar a visibilidade, a clareza e as formas de avaliação, todos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, detalha Sanches.
Jungmann ainda destacou como esse posicionamento em contexto de COP30 é importante. “Não há a menor possibilidade de sair de uma sociedade com uma economia baseada em energia fóssil e passar para a renovável sem o uso de minerais, principalmente os críticos. Não há a possibilidade de avançar na eletrificação, na inovação e na tecnologia sem eles. Então, a responsabilidade com o futuro é um privilégio que nosso setor tem”, disse.
No lançamento, o instituto ainda enfatizou o compromisso com o protagonismo brasileiro no cenário mundial. “Existem os legados que o setor mineral quer levar para o futuro, como a consolidação do Brasil como líder global na transição energética, a projeção do país como destino de investimentos em mineração responsável, através do potencial dos minerais críticos e estratégicos, o estabelecimento de uma governança sólida da mineração, a relevância do setor como fundamental para a descarbonização e a contribuição para a adaptação climática dos territórios mineradores”, afirma.
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