No Brasil, antes dos super heróis se tornarem os queridinhos do público LGBT, alguns vloggers e influenciadores digitais já eram fãs de HQs e das personagens, propagando o gosto pelas obras de ficção entre o público gay. Pedro Marinho Neto foi um destes pioneiros:
“Sempre gostei de filmes e revistas em quadrinhos de heróis, desde criança o universo fantástico dos super heróis e suas incríveis habilidades e poderes me chamava atenção. No entanto, em 2016 comecei a trazer isto para o mundo digital de modo mais intenso, através dos meus posts no Instagram e vídeos. Acredito que posso ter influenciado algumas pessoas com esta atitude”.
Pedro Marinho aponta que a temática dos heróis em sua concepção tem muito a ver com as demandas da causa e da comunidade LGBT: “Nas estórias de heróis alguns deles são rejeitados pela sociedade por serem diferentes, mutantes, exóticos aos olhos da sociedade. A luta por igualdade e aceitação estão presentes nestas estórias, e hoje mais do que nunca isto é uma pauta relevante no mundo real também, e pode encontrar paralelos com a causa LGBT. A indústria do entretenimento tem buscado apresentar representatividade para seu público, e isso não é diferente com as HQs”.
Hoje em dia, heróis como Super-homem, Batman, He-Man, Lanterna Verde e tantos outros aparecem em muitos conteúdos identificados com o público gay, até mesmo em fantasias eróticas. A imaginação é o limite:
“Eu sou apaixonado pelo Batman. Quem me segue nas redes sociais sabe que tenho muitas ilustrações do homem morcego e até um desenho na parede do meu quarto. É o meu herói favorito, o mais misterioso de todos e também o mais humano, já que não tem super poderes mutantes”.