Ícone do site Por Dentro de Minas (MG)

Vendas nos restaurantes diminuem, mas delivery aumenta

A crise do novo coronavírus tem afetado todos os tipos de negócios ou pessoas possíveis. Atualmente, o mundo já registrou mais de 500 mil casos de infectados com o vírus, sem contar tantos outros que são assintomáticos e não foram percebidos.

Por causa da pandemia, muitos países estão em quarentena ou em ativa promoção do distanciamento social, o que faz com que os negócios tenham de fechar as suas portas e as pessoas ficar em casa.

Por causa disso, são muitos os negócios que correm riscos de ter problemas econômicos sérios por causa dos dias sem trabalhar.

Dentre os principais afetados pela situação estão os bares, lanchonetes e restaurantes, que tiveram as suas vendas reduzidas drasticamente desde que o isolamento social voluntário começou e, em alguns casos, a quarentena.

Isso aconteceu porque as pessoas não podem ir aos restaurantes ou não estão saindo de casa para esse tipo de atividade. Em alguns lugares do país, aliás, aglomerações de mais de 10 pessoas ou gente a menos de 2 metros de distância de outra pessoa são elementos proibidos, o que impossibilita os restaurantes de funcionar.

No entanto, como é óbvio, os restaurantes continuam com contas para pagar, produtos em estoque e salários a quitar com os funcionários.

Por não ter como faturar, muitos restaurantes estão com risco de demitir os funcionários ou fechar as portas. No entanto, nem tudo são problemas. Para alguns, a crise apresentou uma oportunidade: a de migrar, pelo menos parcialmente, para o delivery.

Isso aconteceu porque as pessoas continuam precisando comer, especialmente aquelas que não conseguiram comprar comida o suficiente nos supermercados durante o momento em que o auto-isolamento começou.

No entanto, como elas não podem ir aos restaurantes, elas migram para os aplicativos e pedem que a comida vá até elas.

Um dos fatores que fez com que os restaurantes pudessem migrar tranquilamente para o setor de delivery foi o fato de que a infraestrutura para isso já está toda montada e operante há algum tempo.

Para poder entregar um pedido de comida para os clientes, um restaurante precisa de uma plataforma para receber os pedidos e de uma profissional que leve a comida do ponto A para o ponto B.

Tudo isso, claro, custa dinheiro e tem eficácia duvidosa. Um pequeno restaurante, por exemplo, não tem condições de investir em um aplicativo que permita receber pedidos e, mesmo que tenha, provavelmente teria um alcance limitado.

Além disso, um negócio de pequeno porte teria muitos custos para manter um ou mais entregadores para dar conta da demanda de pedidos. Por isso, seria inviável migrar para o delivery no momento de pandemia.

No entanto, a estrutura de aplicativos como o Rappi, iFood ou Uber Eats permite que esses pequenos negócios possam atuar com o delivery pois eles já oferecem todos os serviços.

Para começo de conversa, claro, os aplicativos já são a própria plataforma onde os pedidos são feitos e cobrados. Além disso, contam com uma audiência muito maior do que os restaurantes teriam sozinhos.

Para completar, eles contam com milhões de entregadores registrados no Brasil inteiro, o que permite que um verdadeiro exército esteja disponível para dar conta da demanda que os restaurantes podem produzir.

Por fim, é importante lembrar que os próprios aplicativos produzem peças de marketing que ajudam a aumentar o fluxo de usuários, especialmente em momentos críticos como os de quarentena.

Assim, não é uma surpresa que o número de deliveries tenha subido muito nos últimos dias. Afinal, há a infraestrutura pronta para receber os restaurantes que poderão manter o funcionamento e não demitirão ninguém.

Além disso, os aplicativos estão todos implementando funcionamentos e procedimentos necessários para impedir que os entregadores e clientes se contaminem com o coronavírus.

Nos aplicativos, é possível escolher a opção de entrega de pedidos sem contato físico. Nesse caso, os entregadores devem seguir procedimentos específicos para evitar se contaminar com os pedidos e o mesmo acontece com os clientes.

Isso tudo serve para evitar ao máximo todos os tipos de riscos envolvendo o novo coronavírus, mas sem fazer com que os restaurantes deixem de trabalhar e as pessoas deixem de aproveitar os benefícios do sistema.

Para participar disso, no entanto, os empresários precisam inscrever seus empreendimentos nos aplicativos e cumprir algumas determinações básicas para poder trabalhar pelo restaurante.

No entanto, essa adaptação é fácil e rápida e não exige muitos custos extras por parte dos estabelecimentos. Assim, um restaurante de comida japonesa, por exemplo, poderá se transformar em um sushi delivery em pouco tempo.

Além disso, será necessário informar aos clientes via redes sociais que o atendimento continua pelos aplicativos, de modo a garantir que os consumidores habituais possam permanecer como patronos do restaurante.

Assim, a perspectiva é que o delivery se mantenha como uma indústria sustentável durante o período de quarentena e possa ser um porto seguro para os empreendimentos alimentícios que temiam perder faturamento, demitir funcionários ou até mesmo fechar.

Para os consumidores, se torna um pouco de normalidade em um momento de crise e de períodos de hábitos normais, o que pode ser uma lufada tranquila para a saúde mental depois de dias em casa.

 

Comentários
Sair da versão mobile