A greve dos caminhoneiros, que aconteceu nas últimas semanas de maio, afetou negativamente a economia de Minas Gerais segundo os dados divulgados, no dia 4/7, pela Pesquisa Indicadores Industriais de Minas Gerais (Index) de maio da FIEMG.
O resultado da Série Histórica do Faturamento é o pior desde 2003, com uma queda na variação mensal de 15,3% em comparação a abril e queda de 14,8% em comparação a maio do ano passado.
Para Paulo Casaca, economista da FIEMG, a paralisação dos caminhoneiros afetou negativamente o desempenho da indústria mineira em maio. “A indústria deixou de faturar por não poder entregar seus produtos e também por não receber os insumos. Toda a logística foi prejudicada”, afirma.
As horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada também recuaram, em linha com os efeitos negativos da paralisação. “Os insumos deixaram de chegar às empresas e os produtos finais aos consumidores. Além disso, a produção teve de ser paralisada uma vez que as empresas não conseguiam escoar seus produtos através do modal rodoviário”, ressalta Casaca. Em contrapartida, o emprego, a massa salarial e o rendimento médio real aumentaram no mês.
Em um contexto de fraco desempenho da indústria mineira nos primeiros meses do ano, a greve colaborou para a piora das perspectivas de recuperação da atividade em 2018.