A segunda loja da Apple no Brasil, primeira localizada em São Paulo, abriu para o público, atraindo uma multidão ao Shopping Morumbi, na Zona Sul de São Paulo.
A empresa dona do iPhone realizou a inauguração com a mais das expectativas: espera que o local seja um dos movimentados do mundo.
Menor que a primeira da empresa do Brasil, aberta no Rio há um ano, o ponto de venda paulista tem mais pontos para exibição de produtos: 169.
A equipe também é maior. Tem 80 funcionários, entre músicos, artistas, fotógrafos e, é claro, vendedores. Segundo a Apple, o processo de seleção foi tão rígido que chegou a entrevistas mais de mil pessoas. “O nosso processo seletivo foi tão rico que, para cada funcionário contratado, entrevistamos 15 pessoas”, diz o executivo. A título de comparação, a concorrência é igual à relação de candidatos por vaga no vestibular de 2014 para o curso de Relações Públicas na USP.
Para passar por treinamento, alguns deles foram enviados à Califórnia e outros, os Genius, especializados em dar dicas sobre os produtos da Apple, foram para Londres. No espaço, a Apple oferece também workshops, aulas e excussões para familiarizar os clientes com os eletrônicos e serviços da Apple e levar as pessoas, principalmente crianças, para dentro da loja.
Atendimento
Para Enrique Atienza, diretor sênior de marketing da Apple, é o atendimento que faz a loja superar a de rivais, e o corpo de funcionários e a game de atividades no espaço são o coração dessa estratégia. Comparada a rivais, a empresa possui presença tímida no Brasil. A Samsung, por exemplo, tem 184 lojas próprias no país.
A inauguração da nova loja não significa que os preços cairão. Neste mês, os preços de iPads no Brasil aumentaram em até 36,4%, um reajuste que, em janeiro, fizera os iPhones ficarem até 13,6% mais caros – se já eram os mais caros do mundo, os smartphones da ficaram ainda mais salgados. À época, a Apple não explicou a elevação. Quando questionado sobre como os tributos contribuem para isso, Atienza preferiu não polemizar. “O preço é composto por muitas variáveis, como os tributos”, disse, acrescentando que “isso não é algo com que somente a Apple tem que lidar, é algo com que todas as empresa têm que lidar”.
Diferentemente de outras ao redor do mundo, a loja também não finaliza as compras na tela do celular. Segundo a Apple, a legislação brasileira exige que todas as vendas passem por máquinas de pagamento. Outras ausências são o Apple Watch e o novo MacBook. Tanto o relógio inteligente quanto o computador não têm data para chegar ao país.
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