O fotógrafo brasileiro Felipe Cuoco terá sua exposição “O Chamado do Pantanal” exibida na França a partir de 2 de junho, na Galerie Artexpertise, em Cannes. A mostra, que reúne imagens da fauna pantaneira, tem curadoria de Marina Volpi e entrada gratuita.
Em exibição até 5 de setembro, a exposição integra o calendário oficial da temporada de arte contemporânea de verão na Côte d’Azur, região do sul da França que reúne eventos em cidades como Cannes, Nice e Saint-Tropez.
Felipe Cuoco, fotógrafo Fine Art, espera despertar empatia, reflexão e o desejo de preservação ao apresentar as imagens do Pantanal a um público internacional. “Minha expectativa é que o público francês, e europeu como um todo, receba com curiosidade e sensibilidade as obras. Acredito que essa exposição vai além da estética, ela oferece uma imersão em um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta”.
Para o fotógrafo, exibir sua obra em uma galeria internacional contribui para consolidar a fotografia de natureza como uma forma de arte legítima, expressiva e engajada. Ele considera que ampliar o acesso ao bioma pantaneiro fora do Brasil é também uma forma de mostrar a força da produção artística nacional.
“É uma maneira de mostrar que o Brasil possui não apenas uma biodiversidade exuberante, mas também artistas comprometidos com a sua preservação. É um passo importante para que o olhar fotográfico brasileiro ocupe seu espaço no cenário global”, declara Cuoco.
Fotografia como alerta e convite à conservação
O fotógrafo de natureza e vida selvagem destaca o poder da imagem como ferramenta de sensibilização e acredita que levar as imagens do Pantanal para a Europa é um convite à reflexão, já que considera o bioma um dos maiores tesouros naturais do planeta, mas também um dos mais negligenciados internacionalmente.
“A fotografia tem o poder de sensibilizar, de parar o tempo e revelar o invisível. Creio que a imagem pode ser a faísca que desperta um novo comportamento — mais consciente, mais ético e mais conectado ao planeta — quero que o público entenda que a perda da fauna, o desequilíbrio do ecossistema e o colapso de uma região inteira estão em jogo, caso não mudemos nossa forma de nos relacionar com a natureza”, afirma o artista.
De acordo com o fotógrafo, seu desejo é transformar o olhar do público internacional sobre o Pantanal. “Que bioma não seja apenas um ‘cenário exótico’ distante, mas um símbolo urgente da nossa relação com a vida. Espero que a exposição seja um catalisador de diálogos, ações e projetos voltados à conservação ambiental”.
A série fotográfica O Chamado do Pantanal nasceu em 2024, a partir de imagens capturadas por Cuoco em expedições ao bioma. Com a obra, o fotógrafo busca documentar a biodiversidade local e provocar reflexão sobre os impactos ambientais, reforçando a urgência da preservação.
Segundo Cuoco, foi a visibilidade internacional conquistada após as premiações recebidas em 2024 e 2025 com sua série fotográfica sobre o Pantanal — entre elas, o Muse Photography Awards, o Monochrome Awards, o NY Photography Awards e o London Photography Awards — que abriu portas para convites de diferentes galerias, como a de Volpi, diretora da ArtExpertise.
“O Chamado do Pantanal é uma jornada visual, mas também um manifesto. Que essa exposição seja um ponto de partida para uma corrente internacional de preservação, onde arte e natureza caminhem juntas”, reforça o profissional
A série também está exposta em São Paulo, na The Coast Gallery.
Para mais informações, basta acessar: felipecuoco.com.br/
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