O reconhecimento da síndrome de burnout como fenômeno ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS) entrou em vigor no Brasil na primeira semana de 2025. A condição, que causa sintomas como esgotamento físico e mental em decorrência de situações relativas ao trabalho, já era motivo de afastamento e aposentadoria no país.
O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de casos de burnout, e cerca de 30% das pessoas ocupadas no país sofrem com a condição mental, conforme dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), divulgados pela Agência Gov.
Raphael Gonçalves, diretor de Projetos e Suporte da SISQUAL® WFM, observa que a medida admite a real existência do burnout no meio laboral e afirma que ela reforça a responsabilidade das empresas sobre o tema.
“Com esta mudança, as empresas precisarão se debruçar sobre o assunto, revendo a forma como lidam com metas e cobranças feitas aos colaboradores, para que as entregas aconteçam sem ignorar a saúde mental, que passa a ser prioridade até mesmo para garantir que os colaboradores tenham condições de executar suas funções”, avalia o profissional.
Na prática, o especialista explica que será necessário incorporar novas ações nos processos de gestão de pessoas, com atenção individualizada. “O modo como cada colaborador lida com os desafios na empresa precisa ser observado. Ignorar isso pode criar ambientes desfavoráveis e comprometer não apenas a produtividade, mas também a saúde mental da equipe”, afirma.
Gestão eficiente de trabalho como estratégia de prevenção
Para Gonçalves, ferramentas de acompanhamento podem ajudar a identificar ambientes de trabalho propícios ao surgimento do Burnout. “Monitorar os níveis de satisfação e comparar o volume de tarefas com a capacidade de entrega do colaborador em determinado tempo é fundamental. A viabilidade dessa relação tem impacto direto na construção de um ambiente ‘anti-burnout’”, diz.
“É neste contexto que emergem as soluções de gestão da força de trabalho (WFM- Workforce Management)”, comenta Gonçalves. “O WFM possibilita um planejamento eficiente da força de trabalho, garantindo que as escalas sejam distribuídas de maneira equilibrada e justa entre os colaboradores. Isso evita jornadas excessivas e sobrecarga, dois dos principais fatores que desencadeiam a síndrome”, acrescenta.
O especialista acredita que uma gestão eficaz de metas, carga horária e controle de produtividade pode contribuir para a prevenção do burnout. “Metas claras, exequíveis e uma jornada que valorize entregas mais do que o tempo no escritório ou em frente ao computador, mudam a perspectiva sobre produtividade e reduzem o risco de esgotamento”.
Segundo o diretor de Projetos e Suporte da SISQUAL® WFM, empresas que desejam promover o bem-estar mental devem adotar abordagens mais humanizadas. “Hoje, o colaborador é visto como parte vital do processo empresarial, diferentemente de anteriormente quando se olhava para o colaborador apenas como mão de obra. Entender suas necessidades pessoais, como horários de maior rendimento, por exemplo, e oferecer flexibilidade quando possível pode aumentar o bem-estar e o desempenho”, explica.
Gonçalves também destaca a importância da atuação integrada entre o setor de recursos humanos (RH) e dos gestores na construção de uma cultura organizacional que priorize o bem-estar mental.
“O RH é responsável por propor e implementar políticas de bem-estar do colaborador, precavendo o ambiente propício ao burnout. Já o gestor tem um papel importante em sustentar as ações implementadas pelo RH. Ele está próximo da operação e pode fazer as ações de cuidado chegarem de forma efetiva aos colaboradores”, defende o profissional.
Para mais informações, basta acessar: sisqualwfm.com/
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