Com o avanço acelerado da inteligência artificial (IA) e da economia digital, cresce também a demanda por energia. Conforme o estudo global Artificial Intelligence and Electricity, realizado pela Schneider Electric, empresa global de transformação digital e gestão de energia e automação, o aumento no uso da IA pode gerar desafios significativos para a infraestrutura energética, especialmente nos data centers, que estão no centro dessa mudança.
Observando os insights do levantamento diante do atual cenário, Luis Cuevas, diretor de Secure Power e Negócios de Data Center na Schneider Electric Brasil, destaca três estratégias prioritárias que os centros de dados devem considerar para manter operações sustentáveis frente às novas exigências:
1) Utilização inteligente de energia como prioridade de projeto: o primeiro passo é o redesenho estrutural dos data centers, incluindo a digitalização completa do ciclo de vida das instalações, implementação de gêmeos digitais para simulações e otimizações em tempo real, e adoção de hardware de alto desempenho com menor consumo.
“A IA pode se tornar uma importante aliada ao maximizar o consumo energético por meio de algoritmos inteligentes aplicados à indústria de sistemas críticos, como climatização e distribuição elétrica”, afirma Cuevas. “Um exemplo são os projetos de retrofit — resultados da parceria entre Schneider Electric e NVIDIA — que permitem integrar clusters de IA de alta densidade em estruturas existentes adicionando até 1 MW de carga sem a necessidade de refrigeração líquida e, desse modo, ampliando a eficiência e diminuindo a pegada ambiental”.
2) Infraestrutura modular e escalável: a modularidade facilita a integração de sistemas de energia renovável, como solar e eólica, que podem abastecer os centros de dados diretamente ou contribuir com o grid em horários de pico, transformando essas instalações em aliadas da estabilidade energética regional. “Com essa abordagem, novos módulos só são adicionados quando há real demanda, evitando o desperdício de recursos”, explica Cuevas. “A inclusão de materiais recicláveis e fontes renováveis torna essa solução uma resposta prática e ambientalmente consciente aos desafios de expansão”.
3) Planejamento energético com base em cenários futuros: segundo Cuevas, a tática ideal para garantir uma dinâmica produtiva e alinhada aos limites do sistema de data centers combina frugalidade, otimização e impacto positivo. “Ignorar os limites da infraestrutura pode gerar gargalos, gasto supérfluo e crise”, acrescenta.
De acordo com as informações da pesquisa conduzida pela Schneider Electric, a demanda por inferência de IA generativa deve se tornar predominante até 2027, impulsionando de forma significativa o consumo energético associado à tecnologia. “Nesse contexto, a redução do desperdício de energia deixa de ser apenas uma escolha ambientalmente responsável para se tornar um requisito essencial à continuidade desse crescimento”, conclui Cuevas.
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