A presença feminina no setor de serviços ambientais tem avançado nos últimos anos, mas ainda enfrenta desafios estruturais que impactam o acesso e a ascensão das mulheres a cargos estratégicos. Empresas que investem na equidade de gênero e em ambientes inclusivos não apenas promovem justiça social, mas também impulsionam inovação e melhores resultados. Na Cetrel, essa pauta é uma prioridade, refletida nos números da organização: 37% das posições de liderança são ocupadas por mulheres, sendo 45% em cargos gerenciais e 14% na operação industrial.
Para Luisa Helena, especialista em Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), a diversidade de gênero amplia perspectivas e contribui diretamente para a qualidade e inovação dos serviços prestados. “Olhares diferentes trazem soluções diferentes. A inovação é essencial para o nosso negócio. A representatividade feminina, especialmente em funções estratégicas, cria um ambiente de trabalho mais colaborativo e incentiva outras mulheres a se sentirem pertencentes e valorizadas”, destaca.
Embora os avanços sejam notáveis, ainda existem desafios a serem superados. Mariene Salatiel, gerente de Relações Institucionais e Água de Produção da Cetrel, pontua que fatores culturais e sociais ainda impõem barreiras para a ascensão feminina. “Os principais obstáculos para que as mulheres alcancem cargos de liderança estão relacionados aos estereótipos de gênero, desigualdade de oportunidades e à dificuldade de equilibrar responsabilidades profissionais e familiares. Empresas que reconhecem e atuam para reduzir essas barreiras contribuem para um ambiente mais justo e produtivo”, explica.
Na Cetrel, as mulheres ocupam posições estratégicas em diferentes frentes de atuação, desde a operação técnica até a gestão de serviços ambientais. Para fortalecer essa inclusão, a empresa implementou o Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão. “Temos cinco frentes de trabalho voltadas para grupos historicamente pouco representados, e uma delas é a de Força Feminina. Nosso objetivo é criar e manter espaços que possibilitem igualdade de oportunidades para as mulheres”, acrescenta Mariene.
Maternidade e mercado de trabalho
A trajetória feminina no mercado de trabalho nem sempre é linear, e a maternidade ainda pode influenciar as oportunidades de crescimento profissional. Mariana Oliveira, coordenadora de Marketing & Inteligência de Mercado da Cetrel, relembra um momento marcante em sua trajetória: durante o processo seletivo para ingressar na empresa, sua filha estava iniciando na creche e enfrentava constantes problemas de saúde, algo comum nessa fase de adaptação.
“Quando fui entrevistada, mencionei que minha filha estava na creche e adoecia com frequência, e pensei que aquilo poderia ser um critério eliminatório. Mas não foi. Meu líder realmente queria me conhecer e entender meu perfil profissional, sem julgamentos. Hoje, vejo que trabalho em um ambiente que valoriza as mulheres e entende que a maternidade faz parte da vida de muitas de nós, sem que isso nos defina profissionalmente”, destaca Mariana.
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