Historicamente utilizadas há mais de 4 mil anos por civilizações como os egípcios e etruscos, as próteses dentárias são uma solução eficaz para a reposição de dentes perdidos e recuperação da função mastigatória. Ao longo dos anos, com os avanços da medicina e a descoberta de materiais mais eficientes, os implantes permanentes surgiram como alternativa não apenas para restaurar a saúde bucal, mas também como forma de reparar a estética e o bem-estar do paciente.
Indicados principalmente para casos de perda total ou parcial de dentes, sejam decorrentes de traumas, doenças periodontais e cáries graves, os implantes ajudam a manter a estrutura óssea da mandíbula, que pode sofrer reabsorção com a ausência das raízes dentárias.
No Brasil, dados do Censo da Odontologia, apresentados pelo Conselho Federal de Odontologia e pela Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), mostram que apenas 68% da população consultou um cirurgião-dentista no último ano. Desse total, cerca de 23% dos atendimentos ocorreram pelo SUS. Esse panorama reforça a relevância dos cuidados odontológicos, nos quais os implantes têm papel crucial.
De acordo com a Dra. Juliana Alves, especialista em dentística restauradora, além de contribuir para a saúde bucal, os implantes dentários também podem impactar positivamente a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes.
“Além de oferecer uma fixação estável, permitindo que a pessoa mastigue alimentos variados de forma mais eficiente, essa restauração previne alterações faciais, melhora a fala e, diferente das tradicionais dentaduras, proporciona maior naturalidade, confiança e durabilidade.”
A dentista alerta ainda que negligenciar a reposição de dentes perdidos pode resultar em diversas complicações. “A reabsorção óssea severa é uma das principais consequências, comprometendo a estrutura facial e tornando futuros procedimentos mais complexos. Além disso, desalinhamentos na arcada dentária e maior sobrecarga nos dentes remanescentes podem impactar negativamente o equilíbrio da mordida.”
“Em termos emocionais, o impacto psicológico também não pode ser ignorado, especialmente em situações em que a aparência e a funcionalidade bucal são prejudicadas, podendo afetar a autoestima e a interação social”, acrescenta a dentista.
Mercado em expansão
Embora o custo ainda seja um obstáculo para muitos brasileiros, o crescimento do mercado e as iniciativas para democratizar a odontologia indicam um cenário promissor. Segundo os últimos dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), compartilhados pelo jornal O Dia, o mercado está movimentando cerca de R$ 38 bilhões por ano.
Com mais de 400 mil profissionais em território nacional, o dado coloca o Brasil como o país com a maior quantidade de cirurgiões-dentistas do mundo. “O avanço da tecnologia tem ampliado o acesso a esse tipo de procedimento, tornando-o menos invasivo e com altas taxas de sucesso”, avalia Alves.
“O tema reflete uma transformação importante no cuidado com a saúde bucal, destacando como a escolha de soluções adequadas pode impactar profundamente a vida das pessoas”, finaliza a especialista em dentística restauradora.
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