Um estudo realizado pela FGV Comunicação Rio em parceria com a Hotmart, em 2024, revela que criadores de conteúdo formalizados como pessoas jurídicas e que atuam com produtos digitais como cursos on-line, ebooks e comunidades pagas, apresentam faturamento médio mensal de R$10.007. Esse valor é duas vezes superior ao dos criadores que atuam como pessoa física, com um faturamento médio de R$4.987.
De acordo com os dados apresentados, a formalização como pessoa jurídica facilita parcerias e estrutura a atividade profissional. A pesquisa também aponta que o uso de tecnologia, incluindo Inteligência Artificial (IA), tem se tornado um diferencial para a produtividade. Cerca de 55% dos criadores de conteúdo já utilizam IA em alguma tarefa ou rotina de criação de conteúdo.
“A migração do CPF para o CNPJ impulsiona inovação, empreendedorismo e gera mais trabalhos no setor”, afirma Alexandre Abramo, diretor de desenvolvimento de mercado da Hotmart. Segundo ele, “os criadores estão utilizando IA para otimizar a gestão de seus negócios digitais, mas sem abrir mão da colaboração humana”.
Ainda de acordo com a pesquisa, em 2024 a Creator Economy no Brasil gerou 389.448 postos de trabalho diretos e indiretos, com um crescimento de quase 30% em relação ao ano anterior. Esse crescimento reflete a demanda crescente por serviços especializados, como gestão de redes sociais, tráfego pago e design gráfico, seja por meio de profissionais autônomos ou em agências de lançamentos ou coprodução.
Além disso, 100% dos produtores afirmaram ter visto um aumento na sua renda devido aos negócios digitais. Para 42% dos entrevistados, a venda de produtos digitais é a principal fonte de rendimento, com um retorno 154% superior a outras atividades.
Outro aspecto relevante é o perfil dos produtores: a maioria (61%) tem menos de 40 anos, e em relação à escolaridade, 59% possuem ensino superior completo, enquanto 16% têm pós-graduação, mestrado ou doutorado. Esses números destacam a qualificação dos profissionais que estão transformando seus conhecimentos em produtos digitais e impulsionando a inovação no setor.
“A busca por novas formas de monetização, maior liberdade geográfica e a vontade de empreender são as principais motivações para se tornar infoprodutor”, complementa Alexandre.
Com o crescimento da Creator Economy, o setor se consolida como um pilar essencial da economia do país, impulsionando não só a geração de renda, mas também o acesso democratizado ao conhecimento.
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