O setor de saúde suplementar no Brasil enfrenta desafios significativos em 2025, com questões como inflação médica, regulamentações mais rígidas e necessidade de inovação. Nos últimos anos, o mercado passou por mudanças profundas, impactado pelos efeitos da pandemia, pelo aumento da demanda por serviços de saúde e pela crescente necessidade de adaptação às normas estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Diante dessas transformações, a busca por um equilíbrio entre custos, acessibilidade e inovação se torna essencial para a sustentabilidade do setor. Para entender melhor esse cenário, Paulo Bittencourt, CEO e fundador do Plano Brasil Saúde, compartilhou suas visões sobre os desafios e oportunidades do setor e as perspectivas para o futuro.
O setor de saúde suplementar passou por mudanças importantes nos últimos anos. Quais são os principais desafios para 2025?
Paulo Bittencourt: O setor está passando por uma transformação estrutural significativa. Em 2024, enfrentamos altos custos operacionais, maior demanda por serviços e novas regulamentações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em 2025, esses desafios continuam impactando operadoras, consumidores e o Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, há uma tendência de concentração do setor, o que pode aumentar a eficiência de grandes operadoras, mas reduz a concorrência e limita as opções para os consumidores. Isso também pode sobrecarregar ainda mais o SUS, já que menos operadoras podem significar menos acesso à saúde suplementar.
Quais segmentos de planos de saúde devem crescer mais em 2025?
PB: O segmento de planos empresariais deve se fortalecer, pois oferece custos mais controlados e menor judicialização. Já os planos coletivos de adesão estão perdendo atratividade devido a mudanças regulatórias que os aproximam dos planos individuais. Essa mudança protege o consumidor, mas impõe desafios às operadoras.
A inflação médica tem sido um grande problema. Como isso impactará os consumidores?
PB: A inflação médica historicamente supera a inflação geral. Em 2025, o reajuste dos planos de saúde individuais deve ficar entre 5,6% e 6,8%. Embora pareçam moderados, esses valores refletem apenas parte dos custos crescentes, especialmente com a ampliação do rol de procedimentos obrigatórios definidos pela ANS.
Como as operadoras podem se adaptar a esse cenário desafiador?
Paulo Bittencourt: Inovação, eficiência operacional e foco na experiência do cliente serão diferenciais. Modelos que priorizam prevenção, gestão eficiente de recursos e parcerias estratégicas são essenciais para garantir a sustentabilidade do sistema.
Qual a projeção de crescimento para o setor nos próximos anos?
PB: Apesar dos desafios, o setor deve crescer. A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) estima uma expansão de 10,9% entre 2024 e 2025. Esse crescimento reflete tanto a recuperação econômica quanto o aumento da demanda por serviços de saúde suplementar.
O que o setor precisa fazer para garantir um futuro mais sustentável?
Paulo Bittencourt: Flexibilizar regulamentações, reduzir a burocracia e adotar modelos sustentáveis são fundamentais. Em 2025, soluções que unam eficiência, transparência e qualidade no atendimento serão determinantes para tornar a saúde suplementar mais acessível à população.
O futuro da saúde suplementar depende de um equilíbrio entre inovação, custos e acessibilidade. Precisamos trabalhar juntos para garantir um sistema mais sustentável e eficiente para todos.
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