Com a discussão sobre os impactos das mudanças climáticas ganhando cada vez mais espaço, empresas têm buscado maneiras de implementar uma política ESG em seus negócios. A sigla, originária do inglês, diz respeito a boas práticas ambientais (correspondente à letra “E”), sociais (“S”) e de governança (“G”).
Um exemplo dessa tendência está no dado de que, no Brasil, 70% dos micro e pequenos empreendedores têm interesse em investir em práticas mais sustentáveis. A informação, obtida em uma pesquisa feita pelo fundo de investimento Estímulo em parceria com a consultoria Roda Ambiental, foi divulgada pelo site Reset.
Na visão de Daniel Eggers, consultor da VerdeSaber, pequenos negócios estão cada vez mais engajados em boas práticas ambientais devido à crescente demanda por sustentabilidade.
“Consumidores estão dispostos a pagar mais por marcas sustentáveis e priorizam empresas que demonstram compromisso com valores ambientais e sociais. Essa pressão direciona as empresas a adotar práticas ESG para atender às expectativas do mercado”, afirma Eggers.
A VerdeSaber, consultoria na qual ele atua, auxilia pequenos negócios a se tornarem sustentáveis por meio de certificações, mentorias e ferramentas. O objetivo é simplificar a adaptação das empresas à agenda ambiental através de tecnologia avançada e inteligência artificial, fornecendo diagnósticos ESG personalizados, visando agilizar e simplificar o processo de adequação sustentável para pequenas empresas.
Além de ajudar o meio-ambiente e conquistar clientes, empresas alinhadas às práticas de ESG acessam linhas de crédito verdes com juros reduzidos, atraem investidores, aumentam a eficiência operacional e evitam penalidades legais, diz Eggers. Esses fatores contribuem para um crescimento sustentável e lucrativo, complementa.
No entanto, o especialista explica que empresários encontram dificuldades na implementação de práticas sustentáveis. “Entre os principais desafios, estão o custo inicial elevado, a falta de capacitação técnica e a complexidade regulatória. Micro e pequenas empresas também enfrentam barreiras para medir e comunicar seus avanços”, aponta Eggers.
Diante dessa dificuldade, há empresas que buscam consultorias especializadas, como a VerdeSaber, a fim de entender qual a melhor forma de ter operações sustentáveis. “As consultorias oferecem apoio estratégico, diagnóstico detalhado e ferramentas práticas para implementação e monitoramento das práticas ESG. Elas podem ajudar a superar barreiras e a alinhar ações com os objetivos de sustentabilidade”, detalha.
“Em nossa plataforma, por exemplo, temos como objetivo deixar o serviço acessível para negócios com poucos recursos conseguirem adotar práticas ESG”, acrescenta Eggers.
Alguns exemplos de ações que podem ser adotadas pelas empresas são a redução de resíduos, economia de água, uso de energia solar, priorização de materiais recicláveis – a melhor maneira de implementar essas medidas, no entanto, varia conforme o perfil de cada negócio, diz o especialista.
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