A aproximação do final do ano traz desafios financeiros que exigem planejamento e organização antecipada. Com o início do novo ciclo, surgem compromissos como IPTU, IPVA, matrículas escolares, renovação de seguros e planos de saúde, além de gastos com viagens e festas. Para evitar desequilíbrios, especialistas recomendam priorizar a gestão desses custos.
“O período exige que as pessoas organizem suas finanças de forma a evitar que o acúmulo de despesas impacte o orçamento familiar,” afirma Rodrigo Salim, especialista financeiro que atua como diretor-executivo. Segundo Salim, o planejamento adequado é uma ferramenta essencial para reduzir o risco de endividamento.
Entre as principais recomendações está a quitação de dívidas, especialmente as com juros elevados, como cartões de crédito e cheque especial. O pagamento integral ou parcial desses débitos pode evitar o efeito acumulativo dos juros. “Reduzir ou eliminar dívidas é uma das formas mais eficazes de preservar a renda futura, criando espaço para outras prioridades financeiras”, destaca Salim.
Para aqueles que estão com as contas em dia, a construção de uma reserva de emergência é uma alternativa recomendada. Esse fundo deve cobrir de três a seis meses de despesas, funcionando como uma rede de segurança em situações imprevistas. “A reserva de emergência previne a necessidade de recorrer a crédito em momentos críticos, contribuindo para a estabilidade financeira a longo prazo”, explica Salim.
As despesas fixas do início do ano também devem ser consideradas no planejamento. A antecipação de pagamentos, como impostos e materiais escolares, pode proporcionar descontos e aliviar o orçamento futuro. Especialistas apontam que essa estratégia evita o endividamento e permite um maior controle financeiro.
Investir parte do orçamento em opções de baixo risco, como títulos públicos, fundos de investimento ou previdência privada, é outra recomendação. Essa prática permite a ampliação do patrimônio e cria uma base para o futuro. “Investimentos regulares, mesmo em valores modestos, podem gerar retornos consistentes ao longo do tempo, ajudando na realização de metas de médio e longo prazo”, acrescenta Salim.
Paralelamente ao planejamento, destinar uma parte do orçamento para lazer e consumo é considerado saudável. O importante é estabelecer limites e garantir que esses gastos não comprometam outras obrigações. Planejar viagens, festas e presentes permite aproveitar o período de celebrações sem comprometer as finanças.
Revisar o planejamento financeiro regularmente é uma prática recomendada, especialmente no final do ano. Essa revisão inclui a análise de gastos, definição de novas metas e ajustes nos hábitos de consumo. O objetivo é começar o novo ciclo com um orçamento equilibrado e alinhado às prioridades.
O especialista reforça que o planejamento não se resume ao corte de gastos, mas à organização do orçamento. “Trata-se de uma oportunidade de reavaliar prioridades e construir uma base sólida para o próximo ano, garantindo que as despesas de início de ciclo não gerem pressão financeira”, conclui Salim.
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