Cecília Mello, professora da Universidade de São Paulo e coordenadora do “Olhando a China-Projeto Cinematográfico Juvenil”, afirmou que não esperava que o projeto pudesse durar até hoje. O mais surpreendente é que, após terem enviado uma carta ao presidente chinês Xi Jinping para apresentar o programa, acabaram recebendo recentemente uma resposta.
Segundo o artigo do CNS, Mello declarou em seu discurso no evento “Narrativas Juvenis China-Brasil”, ocorrido terça-feira na universidade, que os jovens brasileiros envolvidos no projeto não foram apenas conquistados pelas paisagens deslumbrantes chinesas, mas também ficaram emocionados pelo calor, resiliência e força do povo chinês.
“Olhando a China-Projeto Cinematográfico Juvenil”, organizado pela Fundação Cultural Huilin da Universidade Normal de Pequim e pela Academia de Comunicação Internacional da Cultura Chinesa, está ativo desde 2011. A partir de 2016, jovens brasileiros têm participado dessa iniciativa, produzindo ao todo 36 curtas-metragens em 11 províncias chinesas, exibindo imagens e cultura locais.
Como membro do “Olhando a China”, Pedro Nishi, assim como muitos outros jovens cineastas brasileiros, produziu curtas-metragens documentais sobre a cultura chinesa usando suas visões únicas, segundo o artigo do CNS.
Nishi já visitou Xinjiang duas vezes, tendo ao longo de oito anos documentado o crescimento de uma jovem xibe, chamada Mudan, registrando simultaneamente o desenvolvimento e a transformação daquela região.
De acordo com a matéria do CNS, Nishi documentou, já em 2016, em sua primeira viagem a Xinjiang, a vida de Mudan, uma menina de oito anos do grupo étnico Xibe, em Xinjiang, China. Esse curta-metragem, focado na vida de Mudan, apresentou um emocionante olhar transcultural, linguístico e étnico para expressar a perspetiva de Nishi sobre a família dela.
Em 2024, Nishi regressou a Xinjiang para rodar uma sequência, “Primavera na Casa de Mudan”, mostrando Mudan aos 16 anos.
Como Nishi, muitos jovens cineastas brasileiros vivenciaram a profundidade da amizade sino-brasileira através de seu trabalho criado com “Olhando a China”, afirmoui o artigo do CNS.
Amanda Carvalho, que participou da edição 2017 do projeto “Olhando a China” em Fujian, definiu seu trabalho na China como uma experiência transformadora.
Ao refletir sobre sua passagem pela China, ela compartilhou: “Não consigo nem calcular a quantidade de pessoas incríveis que conheci na China, mulheres e homens encantadores e generosos, e estou muito grata pela possibilidade de me relacionar com eles”.
Carvalho contou ao CNS que essas interações pessoais trouxeram mais profundidade ao seu trabalho cinematográfico.
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