Outubro é o Mês de Conscientização sobre a Dislexia. Como os cérebros das pessoas neurodivergentes funcionam de forma diferente, a aprendizagem de línguas pode ser um verdadeiro desafio. Dislexia é um Transtorno do Neurodesenvolvimento, de base genética e hereditária e que afeta de 10% à 15%, de acordo com a International Dyslexia Association (IDA) da população mundial. Mês de Consciência da Dislexia
“Conhecer uma língua estrangeira abre portas para novas culturas, perspectivas e conexões, mas para aqueles com dislexia, esta oportunidade pode parecer dolorosamente fora de alcance. Indivíduos disléxicos muitas vezes lutam para dominar sua língua nativa, e têm mais dificuldade para adquirir um segundo idioma”, diz Darren Clark, consultor de neurodiversidade da Promova, parceiro global da Associação Internacional de Dislexia e embaixador da Associação Britânica de Dislexia.
Como exemplo, a Promova, aplicativo global de aprendizado de idiomas, tem o modo dislexia e recursos projetados para apoiar alunos neurodivergentes. O modo dislexia original foi desenvolvido em colaboração com o designer disléxico Martin Pysny, criador da Dysfont, uma fonte especializada para pessoas com dislexia. A missão de Martin é aumentar a conscientização sobre o design para pessoas com dislexia e estresse visual e reduzir o impacto que os distúrbios de aprendizagem têm na vida das pessoas.
“Tornar a aprendizagem de línguas mais acessível para pessoas com dislexia não se limita a mudar a fonte para algo adequado à dislexia. Existem muitas nuances que, se levadas em consideração, podem melhorar drasticamente a experiência de aprendizagem de línguas para disléxicos”, diz Martin Pysny.
“Reconhecemos que a dislexia e o estresse visual andam muitas vezes de mãos dadas, e criar o contraste certo entre o fundo e o texto pode fazer uma diferença significativa no desempenho da leitura. O contraste preto e branco, embora comum, pode ser difícil para alguns usuários. Ao ajustar as cores, pretendemos tornar a leitura mais confortável para todos, principalmente para quem tem dislexia. Da mesma forma, fontes maiores ajudam na legibilidade, reduzindo a aglomeração e melhorando o reconhecimento das letras. Trata-se de tornar a experiência de leitura mais acessível e intuitiva para todos.”
Outro recurso para neurodivergentes é o ruído branco (é um tipo de som composto por frequências de igual intensidade em todas as faixas audíveis) para apoiar alunos neurodivergentes, como aqueles com TDAH.
“Acreditamos que todos merecem a oportunidade de se comunicar e se conectar, independentemente de sua formação ou estilo de aprendizagem. Conhecer uma língua estrangeira é um dos maiores trunfos para garantir a compreensão cultural entre as pessoas, abrir novas oportunidades e ajudar a construir uma vida perfeita”, afirma Daryna Mednikova, CPO da Promova. “Pretendemos criar um ambiente de apoio – gentil, livre de julgamento e vergonha de erros – que atenda a diversas necessidades de aprendizagem, permitindo que os indivíduos mergulhem em novos idiomas com confiança e facilidade.”
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