O mercado imobiliário prevê que 2024 ficará marcado como um ano positivo para o setor. Essa perspectiva vem depois de 2023 ter registrado um aumento de 22,2% nas vendas, resultando em mais de 113 mil unidades vendidas, indicam dados compilados até o mês de setembro pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
Em valores, o crescimento foi de 24%, gerando um acumulado de R$ 32,7 bilhões, também até setembro, data mais atual em que há dados disponíveis. A pesquisa cita ainda que a intenção de compra por parte dos brasileiros mostrou-se maior do que em 2022.
Diogo de Carvalho é fundador do Grupo Decarvalho, startup especializada em venda de imóveis. Ele explica que o crescimento do setor teve reflexos em sua empresa, que também registrou aumento na procura.
Além disso, vem sendo notado, desde a pandemia de Covid-19, uma mudança no que o cliente busca. “Quem não sentiu necessidade de um espaço maior e quantos não se adaptaram ao famoso home office? Um mercado que tendia para imóveis menores mudou drasticamente e agora valoriza o espaço e o bem-estar dentro de casa”, diz.
O que esperar para 2024?
No relatório, a ABRAINC aponta um cenário favorável para os próximos meses. “O setor imobiliário demonstrou notável resiliência ao longo do ano [de 2023]. Projeta-se um cenário mais otimista em 2024, com a consolidação do novo Minha Casa Minha Vida. Uma melhora nos níveis de estoque de imóveis, por sua vez, tende a estimular o aumento de novos lançamentos”, menciona o texto.
Carvalho tem uma avaliação bastante semelhante à da ABRAINC. O especialista destaca o fato de o Banco Central (BC) ter reduzido a Selic (taxa de juros básicos da economia) para 11,25% ‒ em 2023, essa taxa havia chegado a 13,75%.
“A diminuição indica que haverá mais investidores alocando capital no mercado imobiliário. Teremos também, em breve, uma queda da taxa de juros nominal dos financiamentos. Isso torna mais interessante ainda a relação compra x locação de um imóvel”, afirma.
Em meio a um mercado aquecido para 2024, Carvalho esclarece que é comum surgir a dúvida se seria mais vantajoso comprar ou alugar. Apesar de existir uma grande demanda por casas e apartamentos alugados, o especialista vê a aquisição como uma opção que traz mais pontos positivos.
“O imóvel valoriza e é o maior patrimônio de muitas famílias. A compra da casa própria traz estabilidade e zera o custo com moradia pós-quitação do contrato de financiamento, mesmo que isso demore. Já o aluguel será eterno”, argumenta.
Outro ponto mencionado por Carvalho é o fato de que “a qualquer momento, o contrato de aluguel pode ser encerrado caso o proprietário decida vender o imóvel. A locação, além de ser um passivo, faz com que a estabilidade da moradia não exista”, conclui.
Para saber mais, basta acessar: http://www.grupodecarvalho.com.br
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