No mês de agosto de 2023, um levantamento da Aqua Security constatou que mais de 350 clusters Kubernetes estavam expostos a possíveis ataques. Da totalidade identificada, mais da metade já havia sido comprometida, enquanto cerca de 60% encontravam-se sob ataque ativo de criptomineradores.
Diversos grupos de hackers, englobando organizações criminosas e hackers individuais, têm conduzido esses ataques. As técnicas empregadas abrangem vulnerabilidades de softwares, configurações inadequadas e estratégias de engenharia social. Os impactos potenciais desses ataques aos clusters Kubernetes são consideráveis, incluindo possíveis perdas de dados, interrupção nas operações comerciais e danos à reputação das organizações envolvidas.
Com o intuito de minimizar os riscos associados a esses ataques, sugere-se que as organizações adotem medidas preventivas. Entre elas estão a prática de atualizações regulares no software Kubernetes e nos aplicativos em execução, a configuração adequada dos ambientes Kubernetes e a utilização de ferramentas de segurança para monitoramento e detecção de atividades suspeitas nos clusters, bem como a conscientização dos funcionários acerca das ameaças à segurança cibernética.
O CEO da GW Cloud, Luiz Madeira, explicou o que são os clusters Kubernetes e como os ataques podem trazer problemas às organizações. “Clusters Kubernetes são conjuntos de nós, que podem ser servidores físicos ou virtuais, utilizados para implantar e gerenciar aplicações em contêineres de forma escalável e eficiente”, diz “Quando esses clusters são atacados, as consequências para as organizações podem ser graves”, esclarece.
Madeira relata que tais ataques podem levar a interrupções do serviço, perda ou comprometimento de dados sensíveis, e até mesmo à tomada de controle sobre recursos de computação. “Isso não só afeta a operação diária, mas também pode causar danos à reputação e trazer prejuízos financeiros significativos”, disse.
Segundo o Head Marketing da GW Cloud, Tiago Batista, a prevenção de ataques a essas plataformas envolve várias práticas de segurança. “Primeiramente, é fundamental implementar uma política rigorosa de controle de acesso, garantindo que apenas usuários autorizados tenham permissões para interagir com o cluster”, destaca.
O Head Marketing acredita que a criptografia de dados em trânsito e em repouso também é essencial para proteger as informações sensíveis. Para a detecção de ameaças, ele pontua, a implementação de monitoramento e alertas em tempo real pode ajudar a identificar e responder rapidamente a atividades suspeitas.
O CEO da GW Cloud lembra que a segurança de clusters Kubernetes não é um esforço pontual, mas um processo contínuo. Segundo ele, a evolução constante das ameaças cibernéticas exige que as estratégias de segurança sejam revisadas e atualizadas regularmente.
“Além das medidas técnicas, a formação e conscientização das equipes que trabalham com Kubernetes são fundamentais para garantir que as melhores práticas de segurança sejam seguidas”, destaca, completando que é recomendável considerar a consultoria de especialistas em segurança de Kubernetes, especialmente para organizações que dependem fortemente dessa tecnologia em suas operações.
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