Dados da pesquisa Indicadores Conjunturais da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) revelaram que o nível de utilização da capacidade instalada na indústria brasileira de Máquinas e Equipamentos apresentou um aumento de 0,5% no mês de agosto, revertendo parcialmente a queda registrada em julho de 2023 e retornando para 75,4% neste ano. Em agosto, o setor operou, em média, em dois turnos. No entanto, em comparação com o mesmo mês de 2022, o nível de utilização da capacidade instalada ficou 5,6% abaixo, quando o setor atuava com 79,9% de sua capacidade instalada.
A carteira média de pedidos do setor em agosto de 2023 diminuiu para 10,2 semanas de atividade, representando uma queda de 4,7%. Apenas o setor fabricante de máquinas para transformação de metais apresentou uma leve melhora de 0,6%. Por outro lado, no setor fabricante de máquinas para bens de consumo, a carteira de pedidos estabilizou após um crescimento de quase 3% em julho de 2023.
No que diz respeito ao emprego, o setor fabricante de máquinas e equipamentos manteve estabilidade no número de pessoas ocupadas em agosto. O total de pessoas ocupadas na indústria brasileira de máquinas e equipamentos foi de 392.826. Ao longo do ano, foram criados pouco mais de 2.500 postos de trabalho. No entanto, em relação a setembro de 2022, período que registrou um recorde de pessoas empregadas no setor, houve uma redução de quase 6,5 mil pessoas. O documento publicado destaca que, em 2023, houve admissões nos grupos setoriais produtores de máquinas para logística e construção civil (1,2%) e máquinas e implementos agrícolas (2,7%).
José Antônio Valente, diretor da empresa de aluguel de andaimes Trans Obra, afirma que é importante ver resultados positivos no nível de utilização da capacidade instalada na indústria brasileira de Máquinas e Equipamentos. “O resultado foi importante, porém no mês anterior a queda foi 0,9%, gerando a necessidade de maior atuação das empresas para que a indústria continue apresentando resultados positivos nos próximos meses”.
Ainda sobre o relatório publicado, considerando dados do consumo aparente nacional de máquinas e equipamentos, que resulta da combinação da aquisição de bens produzidos localmente com os importados, apresentou crescimento no mês de agosto, revertendo parte da queda acumulada em 2023. Apesar dessa melhoria, o resultado de agosto atingiu R$ 33,99 bilhões, representando uma redução de 5,7% em comparação com o mesmo mês de 2022 (R$ 36,04 bilhões). No acumulado do ano até agosto, o consumo nacional totalizou R$ 243 bilhões, indicando uma diminuição de 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Contudo, essa cifra representa uma recuperação em comparação com julho, quando o consumo aparente acumulado registrava uma queda de 8,2%.
No decorrer do ano, observou-se uma queda na aquisição de máquinas e equipamentos produzidos localmente, registrando uma redução de 13,0%. Em contrapartida, as importações em reais apresentaram um aumento de 1,3%, elevando a participação dos bens importados no consumo nacional em 54 pontos percentuais, passando de 36% para 40%.
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