No mês que completou 60 anos, o Sistema de Consórcios registrou pela nona vez consecutiva, neste ano, o recorde de 9,12 milhões de participantes ativos, ao ultrapassar em 9,1% os 8,36 milhões assinalados em setembro de 2021.
Nos nove meses, o volume de participantes apresentou evolução mensal constante, com sucessivos recordes sendo ultrapassados. Após o recente avanço, chegou a setembro com o mais alto já alcançado em sua história.
Em cada setor, onde o Sistema de Consórcios está presente, as participações dos consorciados estiveram divididas em: 80,6% no setor de veículos automotores, subdivididas em 46,6% para veículos leves, 27,7% para motocicletas, e, 6,3% para pesados; além de 14,7% no de imóveis, 2,6% no de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 2,1% no de serviços.
Os negócios, realizados no período de janeiro a setembro deste ano, acumularam 2,95 milhões de vendas de novas cotas, 13,9% acima das 2,59 milhões anteriores. O total esteve distribuído em: 1,15 milhão de veículos leves; 910,64 mil de motocicletas; 492,07 mil de imóveis; 211,22 mil de veículos pesados, 145,98 mil de eletroeletrônicos; e 49,20 mil de serviços.
Paralelamente, totalizaram R$ 191,97 bilhões, no período, versus R$ 163,85 bilhões passados, com alta de 17,2%.
“Em setembro, ocasião em que o Sistema de Consórcios completou seis décadas de atividades, os seguidos recordes mensais de participantes ativos apenas ratificam a importância do mecanismo para o consumidor brasileiro. Outra comprovação está na somatória das adesões, de janeiro a setembro, que reafirma o crescimento do conhecimento sobre a essência da educação financeira. Pode-se observar que o brasileiro, pós-pandemia, tem planejado mais e gerenciado melhor suas finanças pessoais, estendendo seu conhecimento aos familiares, e até aplicando-os em seus negócios”, aponta Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
Em setembro, o tíquete médio mensal apontou avanço. Dos R$ 64,01 atingidos naquele mês do ano passado, houve crescimento de 10,8% para os atuais R$ 70,92.
Os créditos potencialmente disponibilizados para os diversos mercados, onde os consórcios estão presentes, elevaram-se de R$ 47,30 bilhões (jan.-set. /2021) anteriores para os atuais R$ 50,91 bilhões (jan.-set. /2022), com aumento de 7,6%. Estes resultados partiram do acumulado das contemplações, no mesmo período, em razão da alta de 8,7%. Das passadas 1,03 milhão (jan.-set./2021) houve alta para 1,12 milhão (jan.-set./2022).
“Ao nos aproximarmos do final do ano, acreditamos que o Sistema de Consórcios seguirá crescendo no mesmo ritmo, mês após mês, independente do cenário econômico, expandindo gradativa e consolidadamente o hábito bastante amadurecido do brasileiro sobre educação financeira”, diz Rossi.
As potenciais participações do consórcio nos setores da economia, provenientes dos consorciados contemplados, mostram significativas presenças nos mercados internos de diversos setores, ao longo dos nove meses. No automotivo, por exemplo, houve a potencial comercialização de um a cada três automóveis via consórcio. Maiores foram também as influências nas comercializações no setor de motocicletas, ao proporcionar potencialmente pouco mais de uma a cada duas motos geradas por créditos concedidos.
No segmento de veículos pesados, com destaque para os mercados do transporte e do agronegócio, o consórcio marcou presença, de forma econômica e planejada, na renovação ou na ampliação de frotas. Potencialmente, um a cada três caminhões negociados no mercado interno foram adquiridos pela modalidade.
Passadas seis décadas do Sistema, historicamente iniciado em razão da inexistência de linhas de crédito para aquisição de veículos produzidos pela então recém-instalada indústria automobilística, “pode-se validar o valor dos consórcios ao incitar a cadeia produtiva e contribuir, direta e indiretamente, para o planejamento básico da produção, comercialização e desenvolvimento dos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços”, descreve Rossi.
Mesmo experimentando as oscilações da conjuntura econômica brasileira, com medidas para a redução dos índices inflacionários, ao encarar os reajustes em vários segmentos, em especial os alimentos, combustíveis, bem como no clima tenso de um ano eleitoral, além dos preparativos para a copa do mundo e dos efeitos globais paralelos causados pela guerra no leste europeu, “os consórcios continuam com bons resultados, apoiados principalmente na crescente demanda dos consumidores que, conscientes da essência da educação financeira e com planejamento das finanças pessoais, visam adquirir bens ou contratar serviços”, anota Rossi.
Nos nove meses, os indicadores setoriais legitimaram a participação dos consórcios na economia nacional. Na estimativa dos créditos concedidos por ocasião das contemplações e potencialmente injetados nos mercados automotivo e imobiliário, verificou-se que o mecanismo marcou 36,3% de potencial participação no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No setor de motocicletas, houve 50,2% de possível participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para os caminhões foi de 32,6%.
No acumulado de sete meses do segmento imobiliário, as contemplações representaram potenciais 12,8% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.
Perspectivas para o final de ano
Com as três deflações verificadas no IPCA, a inflação, acumulada nos últimos doze meses, até setembro, atingiu o patamar de 7,17%, considerando alcançar a mais nova projeção de 5,7%, aliada à nova expectativa de crescimento do PIB para 3,0%. Assim, já sentindo a entrada gradativa dos bilhões de reais em benefícios sociais na economia, a redução do índice de desemprego que volta aos níveis da pré-pandemia, gerando, por consequência, maior consumo, menor inadimplência e a continuidade de crescimento em diversos segmentos.
Com este panorama econômico, ao avaliar seus aspectos positivos, incluindo a manutenção da taxa de juros, movimentos diários do dólar e os acenos das perspectivas político-eleitorais, “confiamos na sequência das vendas mensais de novas cotas do Sistema de Consórcios até o final do ano, sempre acreditando nas acertadas decisões financeiras dos consumidores”, desenha Rossi.
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