Presente no dia a dia das pessoas, o vidro é um material cujos objetos feitos deste material datam de mais de 4.500 anos. Garrafas, potes e frascos são utilizados como embalagens para produtos como bebidas, comidas, medicamentos, perfumes, cosméticos, entre outros. O vidro está presente nos utensílios domésticos, na construção civil, na indústria automobilística, podendo ser utilizado também em composições especiais como bulbo de lâmpadas e fibras óticas. A base da fabricação deste material é areia, calcário, barrilha e feldspato, formando um composto rígido, não poroso e resistente às temperaturas até 150°C.
O vidro não é um material biodegradável, de modo que pode permanecer na natureza por aproximadamente 10 mil anos até se decompor. Ao ser descartado incorretamente no lixo comum, pode prejudicar o meio ambiente, ocupando um espaço indevido nos aterros sanitários, que cada vez mais tem menos espaço físico disponível para disposição final. É um material cortante e que pode machucar quem o manuseia, durante a coleta, quando o vidro é descartado inadequadamente sem o devido cuidado.
Apesar disso, a estrutura molecular do vidro é amorfa, logo o material pode ser reciclado infinitas vezes, gerando um produto com as mesmas características e qualidade do vidro original. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro – ABIVIDRO, a cada seis toneladas de vidro reciclado, uma tonelada de CO2 deixa de ser emitido na natureza. Além disso, o beneficiamento de cacos de vidro permite redução do consumo energético e a redução da necessidade de captação de novas matérias-primas.
O Brasil recicla cerca de 47% dos materiais de vidro que são colocados no mercado, segundo informação do Compromisso Empresarial Para Reciclagem – CEMPRE, porém como afirma a Associação Brasileira de Bebidas – ABRABE, a reciclagem do vidro não chega a 20% em algumas localidades do país, em relação ao que é produzido e o que é colocado no mercado anualmente. Se bem administrada a atividade de reciclagem do vidro tem potencial para ser lucrativa e tem poder de geração de empregos, principalmente para as camadas mais carentes da população, cuja renda, muitas vezes, depende da reciclagem.
A coleta seletiva de embalagens pós-consumo contribui para que o vidro seja encaminhado à triagem e beneficiamento, transformando-o em um novo produto. Além disso, reduz o descarte de lixo e consequentemente reduz custos com a coleta de lixo domiciliar e aumenta a vida útil dos aterros sanitários. Entretanto, é preciso ressaltar que nem todos os tipos de vidros podem ser reciclados, como cristais, espelhos e vidro planos, devido à sua composição complexa de substâncias ou à técnica na qual são fabricados, tornando o processo de reciclagem muito trabalhoso ou economicamente inviável.
Diversas ações vêm sendo mobilizadas pelo país para o estímulo da logística reversa de embalagens pós-consumo de vidro e consequente valorização da sua cadeia. Para isso, a separação inicial é muito importante e muitas vezes essa responsabilidade é confiada à coleta seletiva e aos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), onde a população possui locais de referência para o descarte próprio deste material. “Florianópolis é exemplo de município onde a coleta seletiva do vidro já faz parte da rotina dos cidadãos”, afirma Camila Bortoletto, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Contemar Ambiental.
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