A busca por um visto para poder entrar nos Estados Unidos, seja para passear, trabalhar, estudar ou morar, é algo que demanda grande paciência e uma boa dose de tensão por parte dos brasileiros que têm esse propósito. No período anterior à pandemia de Covid-19, a média mensal de emissões por parte da representação diplomática estadunidense variava entre 30 mil e 50 mil vistos, mas a crise sanitária fez com que apenas pedidos considerados especiais fossem apreciados – em junho de 2020, por exemplo apenas 13 vistos foram expedidos à cidadãos brasileiros.
Com o processo de solicitação de visto regularizado a partir de novembro de 2021, os pedidos realizados por pessoas residentes no Brasil foram, aos poucos, voltando ao patamar pré-pandemia, atingindo um novo recorde em maio deste ano. Naquele mês, a Embaixada e os consulados dos Estados Unidos no Brasil emitiram 79.212 vistos para brasileiros, número 13% superior a abril e o maior patamar do ano.
Ainda de acordo com o levantamento realizado pelo escritório de advocacia AG Immigration, em conjunto com o Departamento de Estado estadunidense, que é o órgão responsável pelas relações internacionais do país, foram emitidos, entre os meses de janeiro e julho de 2022, mais de 476 mil autorizações.
Para Angelo Della Constanza, Chief Operating Officer (COO) da Netvistos, empresa que presta consultoria na obtenção de passaportes e vistos consulares, o aumento no número de pedidos de vistos para a entrada nos Estados Unidos por parte de cidadãos brasileiros no período posterior à fase mais crítica da pandemia de Covid-19 reflete um movimento que já vinha sendo observado há algum tempo.
“Acreditamos que esse aumento foi gradativo, pois para nós, mesmo na pandemia, tivemos clientes fechando o processo de consultoria, já se antecipando para garantir o seu visto americano”, afirma o executivo.
Busca por visto exige alguns cuidados
Se a avaliação por parte das autoridades diplomáticas estadunidenses pode ser considerada a etapa final do processo de busca pelo visto, um longo caminho deve ser percorrido pelos brasileiros antes. Della Constanza pontua que os primeiros passos devem ser a reunião dos documentos pessoais e profissionais, o preenchimento de um formulário, o pagamento de uma taxa de US$ 160 (aproximadamente R$ 823) e o agendamento da entrevista consular.
Após esse trâmite, prossegue o COO da Netvistos, é necessário comparecer em um Centro de Atendimento aos Solicitantes de Visto (CASV) para a coleta da biometria e no Consulado para a entrevista com o agente consular. Os principais riscos existentes neste processo são os de falha no preenchimento, ou de falta de amparo documental ao que foi declarado no formulário.
“A pessoa que tiver interesse em viajar para os Estados Unidos deverá se planejar com muita antecedência, pois continuamos com um gargalo da liberação de agenda, o que na prática resulta em pelo menos um ano aguardando para poder comparecer a entrevista”, diz Della Constanza.
Segundo estimativas da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, de fato, o tempo médio para se conseguir uma entrevista com um oficial consular pode ser superior a este período em algumas cidades. No Consulado do Rio de Janeiro, a fila é de 442 dias; em São Paulo, é de 365 dias; em Recife, é de 328 dias; e em Porto Alegre, 251 dias.
Para saber mais, basta acessar: www.netvistos.com.br
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