A moda sustentável, também conhecida como consciente e slow fashion, migra cada vez mais de tendência para posicionamento central de marcas nacionais e globais. Nos últimos anos, esta nova forma de pensar e agir em relação ao consumo chegou em patamares comerciais surpreendentes e segue ainda com expectativas altas para o futuro. De acordo com o relatório divulgado pela empresa Research And Markets, o crescimento do setor pode passar dos US$ 6,3 bilhões arrecadados em 2019 para US$ 8,2 bilhões já no ano que vem.
Ainda segundo o relatório, entre os anos de 2025 e 2030, esse valor pode aumentar e chegar a US$ 15,2 bilhões. Tal previsão indica que investir em sustentabilidade pode ser positivo para mudar o cenário atual. Hoje, a indústria têxtil é a segunda maior consumidora de água no planeta e responsável pela emissão de 10% de gases-estufa no meio ambiente, além de lançar 500 mil toneladas de lixo nos oceanos por ano, de acordo com dados da ONU Meio Ambiente, agência do Sistema das Nações Unidas.
Para Priscilla Levinsohn, diretora de Marketing do Complexo Multiuso de São José dos Campos, a mudança e maior adesão ao comportamento sustentável na indústria da moda é importante não só para o futuro do meio ambiente, mas também das futuras gerações. Por esse motivo, já estuda a implementação de algumas iniciativas no Colinas Shopping, que faz parte do complexo.
“Pensamos e estudamos muito sobre novas formas de colaborar para a moda sustentável das lojas do Colinas Shopping. É de extrema importância começarmos a fazer a nossa parte e, assim, contribuir para um mundo melhor, para as próximas gerações e, principalmente, para a natureza. Sempre digo: se cada um fizer a sua parte desde já, vamos conseguir mudar todo o estilo de vida da sociedade para o bem maior”, afirma Priscilla Levinsohn.
Alinhados às propostas oferecidas pelos lojistas, os consumidores também despertaram para o tema e já apresentam comportamentos considerados sustentáveis. Foi o que constatou a plataforma online de moda de luxo Farfetch Limited, cujo segundo “Relatório Anual de Tendências de Luxo Consciente” constatou que 79% dos clientes entrevistados têm adotado novos comportamentos considerados sustentáveis, como upcycling e customização. Alguns clientes também disseram usar cada vez mais serviços que contribuem para o prolongamento da vida útil de suas vestimentas e acessórios. Pelo menos 20% das pessoas entrevistadas já estão vendendo artigos que não usam mais, 20% doam as suas peças usadas e 13% as reparam e customizam.
Outro estudo, dessa vez realizado pela Economist Intelligence Unit (EIU) englobando mais de 54 países, destaca que as buscas na internet por produtos sustentáveis cresceram 71% nos últimos cinco anos. Para Priscilla Levinsohn, esses novos hábitos e conscientização pode se tornar algo que vai além do que é temporário.
“Essa tendência da moda consciente chegou para ficar e se transformar em permanente. Ela é benéfica para o meio ambiente, uma forma responsável de repensar a maneira como nos vestimos e agimos em meio às mudanças do planeta. Um estilo de vida leve, criativo e colaborativo como esse só carrega positividade para o nosso futuro”, finaliza.
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