A indústria de cosméticos, higiene pessoal e perfumaria cresceu cerca de 6,5% em 2022, segundo dados da Abihpec. A pesquisa fez uma comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse crescimento tem influência da mudança nas políticas de contenção da Covid-19.
Isso porque, com a atenuação da pandemia, o distanciamento foi revogado e muitas pessoas voltaram às suas rotinas no escritório, deixando de lado o home office. Atividades de lazer e eventos também retornaram, o que resulta em mais procura por produtos de estética e perfumaria.
Porém, a indústria de cosméticos tem enfrentado diversas transformações e desafios. Cada vez mais, os consumidores fazem escolhas baseadas em marcas que se posicionam de acordo com seus valores. Por isso, as empresas que desejam se destacar precisam oferecer uma experiência de conexão com o público.
Redes sociais e concorrência
A concorrência cresce a cada dia nesse segmento. Para se ter uma ideia, a Abihpec, que é a Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, possui mais de 350 empresas do setor associadas em todo o país.
Segundo Aloisio Arbegaus, o impacto das redes sociais é indiscutível nas mudanças de mercado. “Conforme a publicidade e os influenciadores digitais abordam temas como sustentabilidade e inclusão, consequentemente, esses assuntos impactam nas decisões dos consumidores.”
A preocupação com o meio ambiente é um dos temas mais debatidos da atualidade. Com isso, na indústria de cosméticos, ganham destaque os itens que utilizam somente matérias-primas veganas, os produtos biodegradáveis e as embalagens recicláveis.
Além disso, historicamente, as fábricas não possuem um contato direto com o consumidor. Mas na atualidade, as pessoas não querem apenas comprar, elas buscam uma conexão com a marca. Isso deve ser instigado através de experiências imersivas na jornada do cliente.
O papel da tecnologia
O avanço nas áreas de medicina, ciência e tecnologia é constante, oportunizando melhorias processuais e diferencial competitivo. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 80% das médias e grandes indústrias que inovaram durante a pandemia obtiveram melhor competitividade, produtividade e resultados financeiros.
O Grupo O Boticário é um exemplo de indústria que percebeu a necessidade de automação. Nesse processo, a empresa primeiro identificou suas prioridades e gargalos, para então buscar a tecnologia que melhor auxilie. Segundo André Santos, coordenador de processos industriais, foi necessário inovar para acompanhar o crescimento da companhia.
“Precisávamos de uma solução que nos acompanhe não só agora, mas daqui a 5, 10 e 20 anos. Fizemos muitas viagens de benchmarking, pesquisamos muito e, nessa caminhada, conhecendo um pouco mais dessas ferramentas e falando com empresas que já tinham implementado, percebemos que um sistema MES era a solução que melhor nos atenderia”, completa ele.
*Assinado por: Aloisio Arbegaus, Diretor Comercial da Teclógica.
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