Conforme o último levantamento da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), o mercado brasileiro demandará de 797 mil profissionais de TI até 2025. A estimativa é de que cerca de 53 mil novos trabalhadores com perfil tecnológico e comunicação são formados anualmente, porém a demanda é de 159 mil posições disponíveis no mercado.
A mesma pesquisa mapeou que a média salarial do setor de TI é de R$ 5.028,00 reais, sendo 2,5 vezes mais alta que a média nacional. Se tratando de serviços com alto valor agregado e software, a média pode ser ainda superior.
Apesar de aumentada a oferta de vagas, algumas oportunidades podem demorar para serem preenchidas à espera do colaborador com a qualificação e perfis esperados, podendo levar meses para a contratação ideal.
“Pessoas com certas especialidades, como saber programar em JAVA Script, por exemplo, não são fáceis de se encontrar disponíveis no mercado de trabalho, o que faz com que a gente tenha que buscar em outras localidades e melhorar a proposta. Mesmo assim, já chegamos a aguardar 3 meses por alguém de mais aderência”, relatou o CEO de uma empresa de tecnologia para indústrias, Rafael Netto.
Com o setor de tecnologia aquecido, o que frequentemente demanda um aumento de pessoal, o desafio da contratação e da procura por profissionais com qualificação adequada passam a ser rotineiros em empresas que trabalham com desenvolvimento de sistemas. De acordo com os dados da Cortex, o mercado de TI foi o segundo que mais cresceu no país em 2021. Nos últimos três anos, segundo o levantamento, o Brasil registrou 80.800 novos CNPJ de empresas de TI, sendo a maioria delas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.
Para realizar as contratações de forma bem-sucedida, a empresa de sistemas para indústrias, Nomus, identificou que abrir seu quadro de funcionários para profissionais que estivessem em outras regiões tornaria possível a atração de mão-de-obra com a devida qualificação técnica necessária para desempenhar as atividades previstas e também fortaleceria a proximidade com as indústrias da região.
Além da flexibilização, houve uma implementação de processos que permitiram divulgar, abordar ativamente, gerenciar com agilidade as informações e selecionar profissionais para atuar em regime home office. O ciclo de trabalho montado foi responsável por gerir dezenas de contratações, dobrando a equipe no ano anterior e aumentando em mais 40% no primeiro semestre de 2022.
De acordo com o líder de RH, Rogério Sampaio, os três principais fatores que permitiram que a empresa aumentasse de maneira rápida o número de colaboradores foram: o apoio de um software especializado em provas online; definição de processos e critérios rígidos em cada seletiva; busca e abordagem proativa de candidatos através de rede social profissional.
“Outras empresas de tecnologia agora passam por um desafio semelhante ao nosso, é um problema bom que temos nas mãos. Depois de introduzirmos um certo volume de pessoas tão rápido, posso afirmar que não teria sido possível sem melhorias processuais e, principalmente, modernização com ferramentas para ampliar nossas buscas e dar mais segurança a todos os participantes”, destacou ele.
Segundo o CEO da empresa, do ponto de vista dos processos, a mudança que mais trouxe resultados foi estabelecer uma rotina frequente de divulgação das oportunidades, contato ativo com possíveis candidatos, comunicação transparente entre a equipe envolvida e documentação clara quanto aos requisitos esperados.
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