A história do Vino tem início em 2005, com a inauguração da primeira unidade na cidade de Curitiba. Pelas mãos do empresário Raphael Zanette o Vino nasceu da ideia de apresentar vinhos aos consumidores de forma descontraída e descomplicada. “Um wine bar seria a proposta para que os consumidores pudessem entrar em contato com diversos tipos de vinhos, oferecidos preferencialmente em taça, proporcionando momentos agradáveis aos seus frequentadores”, revela Raphael Zanette.
No Vino não há carta de vinhos impressa, as garrafas ficam expostas em prateleiras e as opções mudam a todo o momento. O objetivo do Vino é ser um lugar de ponto de encontro para beber e socializar, e também, para aprender mais sobre a história e a arte que há por trás de uma taça de vinho. “Para nos diferenciarmos do mercado buscamos sempre vinícolas não tão conhecidas, artesanais, responsáveis pela criação de vinhos em pequenas produções”, ressalta Raphael. Em 2010, o Grupo fundou a Magnum, sua própria importadora.
Com a aceitação do público e o crescimento de mercado, vieram novas lojas e restaurantes. O Grupo Vino tomou corpo e se estabeleceu nas principais capitais do país através do sistema de franquias. Dessa forma, marca presença na cultura enogastronômica no país. Contando com mais de 30 lojas entre abertas e em processo de inauguração, em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerias, Espírito Santo, Bahia e Distrito Federal a rede Vino pretende chegar a 40 unidades ao final de 2022. Para isto, oferece aos interessados dois modelos de franquias: o Pocket, um formato menor onde há a presença do wine bar e da loja de vinhos; o Full que contempla a inclusão de um cardápio de gastronomia.
Pesquisas de rotina da Wine Intelligence apontam que a base de consumidores regulares de vinho no Brasil cresceu em 17 milhões de pessoas na última década. Em 2010, 22 milhões de respondentes declaravam consumir vinho ao menos uma vez por mês. Em 2020 este número subiu para 39 milhões – o equivalente a quase duas populações de Portugal em número de novos bebedores regulares.
Prova disso é o crescimento dos estilos mais acessíveis ao paladar de bebedores iniciantes, com maior teor residual de açúcar, para ocasiões informais. Como exemplo, a participação dos rosés no mercado cresceu de 2% para 6% em volume desde 2015, de acordo com a IWS. Transformações radicais na rotina levaram o consumidor a tomar novas decisões: uma delas foi eleger o vinho como bebida da pandemia. Foram dois anos de crescimento expressivo no consumo.
Como resultado, 2021 se encerrou com uma expansão significativa na base de consumidores regulares de vinho, chegando a 51 milhões de pessoas, um aumento de 12 milhões de consumidores no ano, e que representa 36% da população adulta brasileira, segundo o relatório Brazil Wine Landscapes 2022 da Wine Intelligence.
As unidades do Vino contam com uma curadoria própria na seleção dos vinhos. “Respeitamos e admiramos os vinhos das grandes indústrias, mas no Vino nossa ênfase é nos pequenos produtores familiares”, conta Raphael. Grande parte dos vinhos comercializados no Vino é da importadora própria. Porém, também são disponibilizados catálogos de outras empresas. No total, as prateleiras abrigam uma média de 400 rótulos diferentes, de 14 países.
Neste último verão o Vino lançou 4 opções de vinhos em lata. Nesta categoria, a bebida é pensada para consumo em locais mais despojados, da praia à balada, e abre mão de um dos pré-requisitos para a apreciação, que é a taça. “Impensável no passado, o vinho pode sair da garrafa e ganhar novas maneiras de ser apresentado para o consumidor”, avalia Zanette.
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