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O que deu errado? Thiago Scuro fala da temporada do Cruzeiro, de Bento, Mano, Riascos e muito mais!

Thiago Scuro, diretor de futebol do Cruzeiro, concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira. Ele conversou com os jornalistas sobre a situação do clube na  atual temporada.

O dirigente fez uma avaliação sobre o trabalho feito até o momento. Afirmou que o clube passa por uma reorganização em virtude do profut.

Scuro também falou sobre a saída de Paulo Bento, do retorno de Mano Menezes e da situação do centroavante Riascos afastado desde a derrota para o Fluminense no Rio de Janeiro.

Por fim, o dirigente explicou como é o processo de contratação de jogadores para reforçar o Cruzeiro.

Confira as declarações de Thiago Scuro:

Avaliação da temporada 2016

“Principalmente quando o clube vive esse momento de maus resultados, torcedor e parte da imprensa só olham para o que não funcionou. Mas acho que o Cruzeiro produziu muitas coisas boas, como no caso do Romero. Além disso, o clube pôde fazer investimento com recursos próprios”.

Reorganização e Profut

“Nós estabelecemos um plano de reorganização para fazer o clube ter essa condição. Já expliquei algumas vezes as mudanças que o mercado teve por causa de profut e proibição de investidores. Tem muita coisa positiva produzida na Toca da Raposa II, mas para quem está de fora é só o jogo e o resultado. A partir do momento em que o Cruzeiro fez essa reorganização, que é um processo importante para o clube se tornar consistente, os atletas contratados vieram para buscar esse espaço”.

O que motivou a saída de Paulo Bento?

“Obviamente a demissão de treinador não é nada desejado pelo clube, mas não podemos fechar os olhos para a pontuação do Cruzeiro. E é inevitável que o tomador de decisões é o treinador. Houve esforço de todo mundo aqui dentro, em momento algum houve má vontade de jogadores, todo mundo trabalhou muito para que os resultados fossem melhores do que foram. Mas, por conta dessa exigência, tomamos a decisão”.

Como será a rescisão de Paulo Bento?

“A rescisão do contrato tem algumas precisões. Não tratamos de valores, mas o que eu posso dizer que não é nada muito diferente do que os clubes brasileiros estão habituados. Talvez se cria um peso maior pelo fato de ser estrangeiro. Ninguém trabalhava para rescindir o contrato, mas pelos fatores citados, entendemos por bem”.

A maior frustração

“A frustração talvez não seja esse termo. Tínhamos uma expectativa por melhores resultados. Mas no trabalho é um grande profissionalismo. O processo era organizado, profissional, etc. Mas não é uma coisa do futebol brasileiro, é do mundo. Qualquer modalidade de alto rendimento, a perspectiva é de bons resultados, de conquistas. E um clube do tamanho do Cruzeiro, quando há a dificuldade de construir bons resultados, a pressão é grande. Lamentavelmente não deu esse resultado”.

O retorno de Mano

“O contrato do Mano é até o fim de 2017. Demonstra o nosso desejo de fazer algo de médio a longo prazo. Isso não tem acontecido por vários fatores, nos incomoda muito. No meio do caminho todos vivemos contratempos que exigem desvio de rota. Vamos trabalhar muito para que seja a última (contratação de técnico) até o fim de 2017”.

Por que Delamore saiu?

“Acho que não tem influência desse aspecto nos resultados. Não procede isso de que ele era inacessível. Talvez seja um pouco mais pragmático pelo lugar de onde vem, mas todas as áreas participavam do processo. O fato de ele ter se fechado um pouquinho no que tange à decisão de usar as próprias convicções pode incomodar um pouco algumas pessoas, mas não é determinante. A saída do Delamore ocorreu por outros fatores que não têm relação com Paulo Bento. Quintiliano, analistas de desempenho, Pimenta fisiologista, todos tiveram boa relação. Paulo Bento é educado, trabalhador e a gente deseja sucesso na carreira dele.

A situação de Riascos

“Existem negociações em andamento. A relação do Riascos com o Cruzeiro está entregue ao departamento jurídico. A gente espera resolver o quanto antes”.

Como são feitas as contratações do clube?

“Contratação por melhores momentos não existem mais nos cubes. Hoje tem ferramenta de tecnologia que você consegue ter acesso a jogos completos, estatísticas, enfim. Cada caso é um caso, pois depende da necessidade do elenco. Mas digo que não houve nenhuma contratação por “melhores momentos”. Precisamos entender caso a caso. Não é o momento de discutir isso agora. Temos que nos unir, proteger os atletas, a comissão técnica e fazer com que a torcida volte em maior número para darmos grandes passos.

O exemplo de Arrascaeta

“O Arrascaeta é o maior exemplo disso: ele precisou de um tempo para se adaptar, foi criticado no ano passado e hoje é um dos maiores destaques do Cruzeiro. Temos conhecimento grande sobre os atletas e o que acontece aqui. Qualquer erro que cometemos vamos trabalhar para consertar aqui”.

A quantidade de contratações

“Se formos observar todos esses nomes de um a um, muitos desses jogadores vieram com perspectiva de potencial de crescimento, de evolução. Alguns vieram por empréstimo, outros em definitivo. Imaginar que o Cruzeiro fez 17 contratações para todos serem protagonistas é uma análise míope. A definição do elenco passaria mais por qualificar as opções, levando em conta que o Cruzeiro já tinha boas opções para outros setores”.

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