Multicampeão por clubes e técnico da Seleção Brasileira na conquista do penta em 2002, Luiz Felipe Scolari é referência quando o assunto é Copa Libertadores da América. Além dos dois títulos conquistados, um pelo Grêmio e outro pelo Palmeiras, Felipão tem mais duas finais do torneio sul-americano em seu currículo, o que é um recorde entre treinadores brasileiros.
Recém-contratado para comandar o Atlético-MG até dezembro de 2024, o consagrado profissional tentará com o Galo assumir a dianteira na lista de comandantes do país com mais títulos na competição continental. Hoje, Luiz Felipe está empatado com Lula, Telê Santana e Paulo Autuori, todos com duas taças. Em número de decisões, deixou Telê e Renato Gaúcho para trás, com três.
Apesar de estar entre as cinco equipes mais bem cotadas nas casas de apostas esportivas para chegar ao título da Libertadores em 2023, o time mineiro terá páreo duro para chegar ao bicampeonato. Já nas oitavas de final, o Atlético enfrenta o Palmeiras, campeão em 1999, 2020 e 2021, enquanto o hexacampeão Boca Juniors é um possível adversário na semifinal.
Mas, afinal, como foram as quatro decisões de Libertadores do novo treinador atleticano ao longo de sua vitoriosa carreira no futebol?
Grêmio (1995)
Um dos principais times do Brasil na década de 1990 foi o Grêmio de Luiz Felipe Scolari. Sua passagem entre 1993 e 1996 rendeu ao Tricolor sete títulos de grande expressão, dentre eles o troféu mais importante erguido por aquela geração: o da Copa Libertadores da América de 1995.
Campeão em 1983, o time apostou no treinador e em estrelas como o goleiro Danrlei e os atacantes Paulo Nunes e Jardel para conquistar o bi. O ponto alto da campanha foram as quartas de final contra o Palmeiras: 5 a 0 para o Grêmio no jogo de ida, em Porto Alegre, e derrota por 5 a 1 na volta em São Paulo, com muita emoção em campo. Já na decisão, os gaúchos bateram o Atlético Nacional com uma vitória por 3 a 1 no Olímpico e um empate por 1 a 1 na Colômbia.
Palmeiras (1999)
O sucesso de Felipão no Rio Grande do Sul chamou a atenção de um dos maiores adversários do Grêmio naquele período, e o treinador se mudou para o Parque Antarctica. Por lá, ele ficou entre 1997 e 2000 e levou consigo alguns nomes importantes como Paulo Nunes e o lateral-direito Arce. O time ainda contava com jogadores do gabarito do goleiro Marcos, o lateral-esquerdo Júnior, os meio-campistas Zinho e Alex, e os atacantes Evair e Oséas.
Assim como em 1995, a conquista de Scolari teve como ponto alto as quartas de final, em disputa emocionante contra o grande rival Corinthians nas penalidades. Na semi, uma virada épica contra o River Plate após derrota por 1 a 0 em Buenos Aires e uma estrondosa vitória por 3 a 0 em São Paulo. O título veio em nova disputa por pênaltis, desta vez contra o América de Cali, em pleno Parque Antarctica.
Palmeiras (2000)
No ano seguinte, Felipão levou a equipe a outra decisão de Libertadores. Depois de novamente bater o Corinthians nos pênaltis, consagrando de uma vez por todas o goleiro Marcos, o Palmeiras caiu para o Boca Juniors de Juan Román Riquelme na decisão. Os paulistas até seguraram o empate no caldeirão da La Bombonera, mas sucumbiram aos argentinos, também nas penalidades, diante de 75 mil torcedores no Morumbi.
Athletico-PR (2022)
Por fim, no ano passado, Felipão teve uma nova chance de conquistar sua terceira Libertadores. O treinador assumiu o Furacão na penúltima partida da fase de grupos e superou pelo caminho equipes como Libertad, Estudiantes e Palmeiras. Na final, porém, o time liderado por Terans, Fernandinho e Vitor Roque não resistiu a outro rubro-negro, o Flamengo, e amargou o vice após derrota por 1 a 0 em jogo único disputado em Guayaquil, no Equador.
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