O livro Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão e liderança, do filósofo Mário Sérgio Cortella está completando dez anos de lançamento.
Junto com ele também tenho muito o que comemorar. Explico por quê.
Fiquei sabendo sobre essa data histórica para o livro, por meio de uma ex-aluna que me marcou numa rede social, dizendo que ao ver a notícia lembrou-se de mim.
Sim, sou professora. E ser lembrada por um livro foi uma conquista!
Esse livro me inspirou nas reflexões sobre os temas caros à administração e gestão e venho indicando sua leitura aos estudantes dos cursos técnicos, nos quais leciono as disciplinas de Fundamentos da administração e empreendedorismo.
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Já no primeiro texto “Em busca de sentido”, Cortella nos convoca a pensar sobre trabalho com propósito, aquele que qualifica as nossas vidas e dá sentido à obra:
“Temos carência profunda e necessidade urgente de a vida ser muito mais a realização de uma obra do que de um fardo que se carrega no dia a dia.”
O texto “Estoque de conhecimento” ajudou a turma de administração do curso técnico em segurança do trabalho a refletir sobre a educação corporativa e o papel da liderança. “Educação continuada pressupõe a capacidade de dar vitalidade às competências, às habilidades, ao perfil das pessoas”.
“Vento oportuno” introduziu os trabalhos com a turma de Administração e Empreendedorismo no curso técnico em administração, dando força e coragem para darmos conta da jornada. Cada um com seus desafios e o principal, conciliar um dia cansativo de trabalho com mais três horas de aulas.
“A coragem não é ausência do medo”. “Para ir da oportunidade ao êxito é preciso enfrentar os medos de mudança, romper com esse sentimento e ir atrás do vento oportuno”.
O texto sobre liderança “Aquilo em que me reconheço” é instigante e nos provoca a pensar na liderança como uma virtude, uma força intrínseca que pode ser desenvolvida e ser circunstancial. Posso ser o bom líder em uma situação e não ser tão bom assim em outra.
“Você não nasce líder, você se torna líder no processo de vida com os outros”.
A última parte do livro nos faz refletir sobre ética. Com a turma de Relações Humanas discutimos o tema usando as perguntas propostas pelo autor:
Quero? Devo? Posso? Perguntas que nos ajudam a vencer nossos dilemas éticos.
Com essa turma também refletimos sobre o outro de nós mesmos. “Visão de alteridade é a capacidade de ver o outro como outro, e não como estranho”. Fazendo-nos refletir sobre a necessidade de aceitarmos as diferenças entre as pessoas, valorizando as características individuais.
“O outro me ronova, nós nos renovamos”. “Porque quem despreza o outro perde uma fonte de renovação”.
Fui renovada.
Obrigada, Cortella. Obrigada, Érika por me fazer revisitar esse livro tão cheio de reflexões instigantes.
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