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Opinião: Questão de perspectiva

Tudo depende da perspectiva. Certa vez um lutador foi derrubado por sete vezes em uma única luta de boxe. Levantou todas as vezes e continuou a luta até o final. Foi entrevistado por um repórter, que perguntou como ele se sentia por ser o lutador profissional que mais vezes fora derrubado em uma única luta. Ele respondeu que na verdade foi o que mais vezes se levantou. Um verdadeiro sábio.

Todos já assistimos lutas terminarem em um só round, mas quantas oportunidades tivemos de ver alguém levantar-se sete vezes em uma única luta? É questão de perspectiva. Quando um dedo aponta para o céu, há quem veja as estrelas. Outros preferem olhar o dedo.

Certa vez um violinista teve a corda de seu instrumento arrebentada durante um concerto. Ele não se perturbou. Terminou a música com apenas três cordas e foi aplaudido de pé. Aquilo que surgiu como um problema, ao ser superado, tornou-se um elemento que ressaltava a habilidade do violinista.

Dale Carnegie afirmava que somente existe um lugar onde não há problemas: o cemitério. Mário Quintana, por sua vez, em um poeminha sugere que “no dia em que estiveres muito cheio de incomodações, imagina que morreste anteontem”. E indaga: “tudo aquilo teria mesmo tanta importância?”.

Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O problema em si não conta, mas sim o modo como o encaramos. É certo que frases como “não desista dos seus sonhos” e “continue em frente” podem parecer lugar comum.

Obviamente, não basta repeti-las mentalmente. Realizar sonhos e alcançar os próprios objetivos dá muito trabalho. É preciso querer mesmo. Isso significa abrir mão de uma série de confortos.

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