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Opinião: Ressaca de carnaval

Diante de um País em crise, com um sistema de governo em que a corrupção aparece desde a época do Brasil colônia, a maior parte da população brasileira está acordando hoje de ressaca do carnaval. Não há dúvida que todos têm direito de se divertir, de ser feliz, de tirar uns dias para descansar, mas que essa letargia não perdure por todo o ano. Mesmo sendo este carnaval marcado por manifestações políticas, ainda vivemos uma apatia centenária diante do bem público. Quando se passa à esfera do coletivo, do dinheiro público, parece que ninguém se sente responsável e nem o reivindica para a sociedade. Não há uma visão de investimento no País para crescimento do Brasil e nem da sua população, apenas uma briga acirrada de ganância pelo poder por parte dos atuais partidos políticos. Por outro lado uma população insatisfeita e estupefata pela falta de opção para um voto sério num ano eleitoral.

Essa passividade diante desse afogamento lento, por meio de uma sociedade violenta, impune, corrupta e sem um projeto sério de resgate moral e econômico, chama-se alienação! Quando a crise toma conta do País não adianta desviar o olhar para não se sentir responsável. Não querer ver que também é responsável já estando com a mão suja de sangue, é negar a estrofe no nosso lindo hino nacional: “Mas, se ergues da justiça a clava forte; Verás que um filho teu não foge à luta; Nem teme, quem te adora, a própria morte…”

Uma alienação que se dá por falta de conhecimento formal, cada vez mais a educação brasileira é rebaixada pelos indicadores internacionais, e mais os alunos dizem que a educação está falida, porém estudam cada vez menos a esperam que alguém faça alguma coisa de interessante. Uma alienação pela falta de informação, pela falta de interesse, ou mesmo por limitar os interesses apenas ao seu próprio prazer. Enquanto isso a nação fica a mercê de quem se dedica, estuda e busca de forma profissional pilhar as riquezas nacionais.

Espero que essa ressaca passe logo e que possamos colocar a vida em ordem e progresso. Se o coletivo ainda for uma luta difícil, que cada um passe a refletir sobre suas próprias ações, consequências e responsabilidades.

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