De acordo com a reportagem “Os 10 profissionais mais em falta no Brasil e em 41 países”, publicado na revista Exame, em 22 de maio de 2015, no Brasil faltavam técnicos, trabalhadores de ofício, operadores de produção e máquinas, pessoal de apoio de escritório, operários, motoristas, representante de vendas, engenheiros, contadores, profissionais de finanças e profissionais de tecnologia da informação. Em 2015 o País vivia um momento de crescimento econômico e, consequentemente, uma escassez de mão de obra nos parques fabris, por isso essa pesquisa mostrou que muitas das profissões em falta no mercado, naquela época, não passavam por curso superior. Mas essa é a realidade do nosso País? É interessante para o Brasil ter uma população de operários, que servirão muito mais aos interesses internacionais já instalados? Se é interessante, interessa à quem? Com certeza não aos brasileiros. A estes interessa apoio à pesquisa para, num futuro próximo, buscar a independência tecnológica.
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Nenhum país será independente sem produzir, por conta própria, sua tecnologia. E isso é bastante fácil de entender. Se nossos alunos tiverem como principal opção buscar mestrado e doutorado em outro país, como fonte de conhecimento de ponta, significa que estudarão em boas universidades, mas terão acesso a uma tecnologia que está sendo ministrada, ou seja, que já foi desenvolvida há um tempo, e agora está sendo disponibilizada como conhecimento já estabelecido. Até esse nosso estudante voltar ao Brasil e consiguir transferir esse conhecimento aos engenheiros brasileiros para que estes produzam algo, já estará ultrapassado.
O conhecimento de ponta e de vanguarda pertencerá a esse outro País que pesquisou e destinou ao seu parque fabril, o qual produzirá produtos diferenciados e vendidos a nós brasileiros por um preço mais alto. E os alunos brasileiros que estão na linha de frente, nas pesquisas dessas universidades estrangeiras, geralmente não voltam ao Brasil, aproveitam as oportunidades que lhes são oferecidas e ficam nessas universidades, ou são aproveitados nas indústrias locais. E não estou fazendo críticas a esses estudantes, eles estão construindo algo melhor para si. Cabe aos órgãos de fomentos brasileiros investirem maciçamente nas universidades daqui.
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