Irritabilidade, déficit de memória e dificuldade de concentração são sintomas de uma síndrome silenciosa e cada vez mais recorrente: SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado). Trata-se de um problema decorrente do excesso de informação e vinculado a transtornos de ansiedade. Os avanços tecnológicos expõem as pessoas aos mais variados tipos de informações em diversos meios. Ao alcance de apenas um clique, encontra-se textos, imagens, vídeos, notícias e novidades sobre o mundo inteiro. Entretanto, o que por um lado é um potencial facilitador, por outro, pode ser entendido como um grande vilão. O que acontece é que a facilidade em se conectar provoca a necessidade compulsiva de estar ativo o tempo todo, gerando a sensação multitarefas, em que 24 horas se torna pouco tempo para desenvolver todas as atividades que se propõe a fazer.
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A reversão dessa situação requer mudança na rotina. Definir prioridades é o primeiro passo para desacelerar a mente. Quando fazemos muitas coisas ao mesmo tempo, dividimos a atenção entre elas e geramos uma carga excessiva de estímulos ao cérebro que não são aproveitadas, mas, quando se define prioridades, é possível gerenciar o tempo, dedicando o máximo de si naquela atividade que, consequentemente, terá melhor resultado. Ter uma lista, de acordo com as prioridades e desenvolver uma atividade por vez, garante qualidade e excelência na execução. Engana-se quem acredita que realizar multitarefas é sinônimo de eficiência. Muito pelo contrário. Perde-se mais tempo nessa situação por ficar pensando no tanto de coisas que se tem para fazer e acaba demorando mais tempo para conseguir se concentrar. Outra coisa importante é diminuir o uso de informações virtuais, sempre que possível, deve-se preferir o contato físico ao virtual, filtrar as informações, escolhendo só o que, realmente, for relevante para o trabalho e o mais importante: reservar, pelo menos uns dez minutos do dia, para meditar e alinhar o equilibro intelectual.
A modernidade alterou o ritmo de construção dos pensamentos, impedindo o desenvolvimento das funções da inteligência, como refletir antes de reagir, expor e não impor ideias e colocar-se no lugar do outro. O excesso de informações satura o córtex cerebral, produzindo uma mente hiperpensante, sem criatividade, sem foco e com baixo nível de tolerância, provocando esquecimento, fadiga excessiva, cansaço ao despertar, dores de cabeça ou musculares constantes e, muitas vezes, até mesmo a queda de cabelo, atrapalhando, consideravelmente, o cotidiano das pessoas, tanto no pessoal, quanto no profissional.
Entre as pessoas mais afetadas pela síndrome, estão os profissionais de comunicação, escritores, executivos e profissionais da saúde, atuando em uma carga intelectual mais intensa, convivendo, diariamente, com quantidades de estímulos e cobranças muito maior que realmente podem absorver. As informações são absorvidas involuntariamente pelo registro automático da memória no cérebro e transforma a mente em um depósito, tornando as pessoas reféns de um ritmo de vida acelerada.
Usando a mente de maneira correta, respeitando os limites físicos e emocionais, os diversos meios de comunicação a que todos estão expostos podem deixar de serem vilões e se tornarem potenciais facilitadores do cotidiano, principalmente no uso para a carreira.
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